Projetos envolvendo futebol e games consolidam o Brasil no 2º lugar mundial em adoção de NFTs

Paixão nacional pelo esporte e pelos jogos ajudou o país a atingir a marca de 5 milhões de pessoas que possuem pelo menos um NFT.

Apesar de ser retratada de maneira muitas vezes acaloradas, a paixão brasileira pelo futebol também pode ser percebida pelos números movimentados anualmente direta e indiretamente pelo mundo da bola, afinal as grandes contratações. Também não tardou para o universo das criptomoedas enxergar que o gosto dos brasileiros pelo esporte poderia se converter em negócios milionários, tanto que uma pesquisa recente da Statista revelou que Brasil ocupa a segunda colocação mundial em adoção de token não fungível (NFT), o que representa cinco milhões de brasileiros em posse de pelo menos um NFT, número equivalente a 2,33% da população. Percentual encabeçado pelo futebol e pelos games.  

De acordo com o levantamento, o crescimento da indústria de NFTs, responsável por movimentar US$ 41 bilhões em 2021, está relacionado à adoção dos jogos play-to-earn (P2E), uma vez que muitos deles utilizam os NFTs como patrimônio digital, que possibilita maior controle dos ativos por parte dos jogadores. Mas os NFT, pela via dos games, ainda tem muito espaço para crescer, porque o setor movimentou cerca de US$ 3 bilhões em 2021 e são esperados US$ 39,7 bilhões anuais até 2025.  

Quem também parece ter se entusiasmado com a possível prosperidade dos jogos P2E, e com o Brasil, foi a plataforma de jogo de futebol Web3 baseado em turnos criado na rede Solana (SOL) MonkeyLeague (MBS), que recentemente anunciou uma parceria com a startup brasileira que nasceu como uma guilda de jogos P2E, a BAYZ.

O inevitável crescimento do volume de transações envolvendo NFTs também pode ser mensurando pelo relatório da Chainalysis revelando que até o final de abril os colecionadores de NFTs já haviam enviado mais de Us$ 37 bilhões em colecionáveis para marketplaces, montante próximo aos US$ 41 bilhões de todo o ano passado. 

No caso do Brasil, o terreno fértil que parece ter ajudado a impulsionar o país para a vice-liderança mundial em adoção de NFTs, inclusive à frente da China e dos Estados Unidos, perdendo apenas para a Tailândia, é um fator que não aparece na pesquisa, e talvez não precisasse: a paixão pelo futebol. 

Foi o que fez um dos maiores ídolos da história do Atlético Mineiro, Reinaldo, ao iniciar, no último dia 12 de julho a primeira etapa de uma linha de NFTs, criada em pela International Digital Group (IDG), que também está por trás de projetos junto ao ex-jogador de vôlei Giba e o ex-piloto Christian Fittipaldi.

O mais novo parceiro da IDG é Richarlison, atacante brasileiro do time inglês Everton. No final de junho o atleta, que constantemente é convocado para Seleção Brasileira, deu início ao lançamento de variadas categorias de NFTs, que incluem cards colecionáveis e experiências exclusivas aos detentores dos criptoativos, junto ao jogador. 

Ainda em junho, o Vasco da Gama anunciou a comercialização de ingressos em NFT com experiências exclusivas aos torcedores no estádio de São Januário, sede do time carioca. Mas os exemplos se multiplicam por outros gigantes do futebol brasileiro com projetos envolvendo NFT, além de atletas de diversas modalidades, artistas, produtores de conteúdo, ativistas, empresas. Um exemplo recente foi a coleção Biomaverso – Jaguar NFT, ligara à preservação das onças pintadas, e o NFT Love of My Life, lançado pelo modelo e DJ brasileiro Jesus.

Fan Tokens

Outro criptoativo em franca expansão no Brasil é fan token, que se vincula à concessão de benefícios e experiências exclusivas aos detentores. Foi o que aconteceu no final de julho quando 26 detentores do fan token do Flamengo ($MENGO) entraram em campo para uma partida comemorativa aos 30 anos da conquista do pentacampeonato brasileiro pelo Rubro-Negro. 

O evento foi promovido pela líder mundial de fan tokens esportivos Socios.com, cuja chegada ao Brasil aconteceu em agosto do ano passado por meio de uma parceria com o Atlético Mineiro, que se sagrou o primeiro time Brasileiro a lançar um fan token. Atualmente nove grandes clubes brasileiros possuem contrato com a empresa:  Atlético MineiroBahiaCorinthiansFlamengoFluminenseInternacionalPalmeirasSão Paulo e Vasco da Gama

No final de julho, em entrevista exclusiva ao Cointelegraph Brasil, a fundadora e CEO da InspireIP, Caroline Nunes, anunciou o lançamento da versão atualizada do marketplace da startup e disse que ‘NFT é uma tecnologia para construir soluções e não apenas investimento financeiro‘, conforme noticiou o Cintelegraph Brasil.

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