Credminer é uma pirâmide financeira? O que é e o que oferece a empresa

Credminer faliu, diz seu fundador

A Crediminer foi uma empresa que atuou no Brasil e no Paraguai oferecendo contratos de investimento em mineração de Bitcoin.

Além das operações de mineração a Credminer também afirmava realizar trade de criptomoedas, entre outros.

Credminer como funciona

Suspeita-se que a Credminer é pirâmide financeira, suas atividades começaram em 2016.

O modelo de negócio da empresa consistia em oferecer aos usuários a aquisição de ‘cotas’ de mineração que eram executadas pela empresa. 

Desta forma, a empresa alegava que comprava novas máquinas de mineração e colocava para funcionar  em sua fazenda no Paraguai.

Quando um usuário resolvia investir na empresa ao aplicar o dinheiro este era revertido em HPM (Hash Power Mining) que é uma unidade da empresa usada para compartilhar os lucros da operação de mineração, descontado os custos operacionais da Credminer por no máximo 16 meses, após este prazo, a máquina era 100% da empresa.

Os supostos lucros conseguidos com o HPM eram ‘pagos’ em um valor virtual que até 2019 era possível trocar por qualquer criptomoeda em “parceiros” da empresa e, inclusive, estas criptomoedas podiam ser sacadas para carteiras externas ou mesmo ser trocadas por reais, isso funcionou por 3 anos.

Empresa faliu segundo seu dono

Em 2019 ainda levantando suspeitas de que a Credminer é pirâmide a empresa parou de fazer os pagamentos diretos em reais e passou a utilizar uma criptomoeda própria, a LQX, então os saldos de HPM passaram a ser convertidos em LQX que também podiam ser trocadas por Bitcoin na Liquidex (empresa do grupo) e na Cointradex (exchange brasileira).

Contudo ainda com suspeitas de que a Credminer é pirâmide, segundo seu fundador Antonio Silva,a empresa encerrou as atividades no final de 2019

“O modelo de negócio da Credminer literalmente faliu”, declarou em entrevista exclusiva ao Cointelegraph.

Quando a empresa faliu, Antonio disse que pagaria todos os investidores da empresa, porém, os pagamentos seriam feitos em LQX e não em Reais ou Bitcoin.

Não foi possível identificar se todos os clientes da empresa de fato receberam seus valores.

Durante todo o seu período de atividade a empresa foi alvo de diversas suspeitas de ser uma pirâmide financeira e denúncias foram encaminhadas ao Ministério Público, Polícia Civil e Comissão de Valores Mobiliários.

Atualmente a empresa teria mudado de atividade, porém ainda oferecendo negócios com Bitcoin.

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