Bitcoin dispara após relatório nos EUA: o que esperar agora?
O Bitcoin ultrapassou a barreira dos US$ 62.000. Um relatório do mercado de trabalho dos Estados Unidos catalisou a alta.
A recuperação que o BTC experimentou ocorre após um período corretivo alimentado por incertezas regulatórias em torno da criptomoeda e do mercado mais amplo.
Há motivos para otimismo agora?
Bitcoin mostra sinais de recuperação
O Bureau of Labor Statistics dos EUA revelou um ligeiro aumento na taxa de desemprego para 3,9%. Isso contradiz as expectativas de que o desemprego se estabilizaria em 3,8%.
O aumento do desemprego não impediu o crescimento resiliente das folhas de pagamento não agrícolas. O país criou 175.000 empregos em abril, um número abaixo da previsão de 243.000.
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“Entre os principais grupos de trabalhadores, a taxa de desemprego para homens adultos (3,6%) aumentou em abril. A taxa para negros (5,6%) diminuiu, compensando um aumento no mês anterior. As taxas de desemprego para mulheres adultas (3,5%), adolescentes (11,7%), brancos (3,5%), asiáticos (2,8%) e hispânicos (4,8%) apresentaram poucas mudanças durante o mês”, diz o relatório.
Apesar desses sinais mistos, a resposta do mercado foi inesperadamente positiva. O Bitcoin subiu rapidamente acima de US$ 60.000, atingindo uma alta intradiária de US$ 62.150.
Os analistas atribuem a resposta altista do Bitcoin a vários fatores. Em primeiro lugar, a moeda é frequentemente vista como uma proteção contra a instabilidade do mercado e a inflação. À medida que o índice do dólar americano (DXY) se suavizou para cerca de 104,6, o BTC ganhou impulso, destacando seu papel como um contrapeso às moedas fiduciárias tradicionais.
Os dados mistos de emprego também parecem reforçar a noção de uma “aterrissagem suave” para a economia dos EUA, diminuindo as preocupações com uma possível queda acentuada no mercado de trabalho. Essa perspectiva é reforçada por ajustes nos fundos federais, que agora preveem dois cortes nas taxas em 2024.
Tendência seguirá de alta?
A análise técnica do gráfico de 4 horas mostra que o Bitcoin é negociado dentro de um canal paralelo de baixa desde 8 de abril, quando atingiu um topo próximo a US$ 72.500. Desde então, o ativo vem formando topos e fundos mais baixos – sinal claro de uma tendência de baixa.
No entanto, a criptomoeda está em ascensão desde que atingiu uma mínima de US$ 56.500 no início deste mês, subindo cerca de 10% desde então.
Atualmente, o BTC está parte superior do canal, com um eventual rompimento acima da sua linha de resistência sendo um grande sinal de que a tendência à longo prazo voltou a ser de alta. As médias móveis (EMAs) indicam que este cenário é o mais propenso de ocorrer atualmente.
Isso porque a EMA de 9 períodos (azul) acabou de cruzar acima da EMA de 21 períodos, o que indica que os compradores estão ganhando força e assumindo a direção da tendência.
Se conseguir romper a resistência do canal, atualmente em US$ 63.000, o Bitcoin teria como alvo o início desse padrão gráfico, em US$ 72.500. Isso representaria um salto de 17% em relação ao preço atual. Mas, para que isso ocorra, será necessário superar topos anteriores em US$ 67.240 e US$ 71.000.
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