Dólar bate R$ 5,41 mesmo com IBOV em nova máxima de 125 mil pontos

Dando sequência às perdas do real nas últimas semanas, o dólar voltou a se fortalecer frente à moeda brasileira e chegou a R$ 5,43. A bolsa, por outro lado, não sofreu e operava cima dos 125 mil pontos às 17h30. Já o Bitcoin voltou a patinar e gerar dúvidas sobre uma possível correção à vista.

Confira, a seguir, o fechamento dos preços do dólar, Ibovespa e Bitcoin para a primeira semana de 2021.

Dólar volta a atingir R$ 5,41

O dólar subiu forte nesta sexta-feira (8). A moeda americana já vinha dando sinais de fortalecimento perante o real, e dessa vez fechou o pregão a R$ 5,41. A cotação é a maior desde 23 de novembro, quando a moeda americana iniciou um movimento descendente que culminou no dia 10 de dezembro. Naquela data, o câmbio fechou a R$ 5,03.

Os motivos que levaram à alta de 4% na semana não são novos. Um dos motores é, por exemplo, a preocupação de investidores com as contas públicas. Assim, paira a dúvida sobre o orçamento de 2021 e a possibilidade de quebra do teto de gastos. O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, teve que intervir para tentar minimizar a má impressão causada por uma fala do presidente Jair Bolsonaro.

Já no exterior, o dólar voltou a ganhar força após uma queda do índice DXY nas últimas semanas. O indicador de força da moeda voltou a passar dos 90 pontos. A pressão sobre o real, dessa maneira, foi maior do que já vinha ocorrendo. Nem a entrada de capital que levou o Ibovespa aos 125 mil segurou o câmbio.

Ibovespa renova máxima e ultrapassa 125 mil pontos

real

Apesar da subida do dólar, o Ibovespa vive um bom momento. O índice da bolsa brasileira voltou a subir e atingiu uma nova máxima histórica, acima dos 125 mil pontos. Às 17h30, o índice batia os 125.125 pontos. Por trás do movimento está o otimismo pela recuperação econômica após notícias relacionadas a vacinas.

No radar dos agentes econômicos está, por exemplo, a submissão da vacina Coronavac, fabricada pelo Instituto Butantã, à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Além disso, o mercado viu com bons olhos o compromisso firmado pelo Ministério da Saúde para comprar 100 milhões de doses do imunizante.

Além disso, a alta da bolsa brasileira refletiu o otimismo em Wall Street, que por sua vez refletiu na alta do dólar no exterior. Os papeis relacionados a commodities, como os da Petrobrás, impulsionada pela expectativa de aumento do consumo de combustível, contribuíram para o bom resultado.

Bitcoin derrapa nos US$ 42.000 e analistas apontam possível correção

O rali frenético do Bitcoin pode estar próximo do fim. Após subir mais de 100% em menos de um mês, a criptomoeda falhou em superar a marca de US$ 42.000 nesta sexta. No final da tarde, o BTC recuava para menos de US$ 39.500, segundo o Coingecko. Já no Brasil, a alta do dólar impediu que o BTC caísse da região dos R$ 215.000, segundo dados do Cointrader Monitor.

Segundo o analista do BeInCrypto, Valdrin Tahiri, os gráficos sugerem que o topo local está próximo. Uma correção mais pesada de preço, dessa maneira, pode estar próximo. Além disso, essa é a avaliação de, Rafael Schultze-Kraft, cientista de dados e CTO da Glassnode.

Ufa, o indicador aSOPR do Bitcoin está ridiculamente alto e não é reiniciado há mais de 3 meses – como acontece periodicamente ao subir. Em 2017, ele disparou sem zerar por 3 meses também – até o pico do BTC. Continuo muito otimista, mas isso grita correção.

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