Hacker português acusado de 90 crimes invadiu sistemas de federação de futebol, fundo de investimento e até PGR
Justiça de Portugal começa a julgar hacker que causou prejuízo de milhões de euros a instituições privadas e públicas do país
A Justiça de Portugal realizou no dia 1 de outubro uma audiência para o julgamento do hacker Rui Pinto, que foi preso em Budapeste e é acusado de invadir sistemas de uma série de instituições públicas e privadas do país.
Segundo o portal lusitano Sapo Tek, Rui Pinto, que é acusado de 90 crimes no caso que é conhecido como Football Leaks, tinha conseguido certificados digitais que lhe davam acesso aos sistemas da Federação Portuguesa de Futebol, de uma sociedade de advogados, do Sporting – um dos maiores clubes do país -, de um fundo de investimentos e até mesmo da Procuradoria-Geral da República de Portugal.
O hacker teve seus dispositivos apreendidos em Budapeste. Neles, os investigadores encontraram nada menos que 488 caixas de e-mail configuradas, mas aparentemente não há sinais de movimentação de valores com criptomoedas, um dos métodos mais usados por quem pratica crimes cibernéticos.
Porém, na audiência, o inspetor da unidade de combate ao cibercrime, José Amador, disse que não está clara a fonte de renda do acusado, além de não haver provas de que ele tirava proveito econômico das invasões.
O hacker teria concordado em colaborar com as autoridades portuguesas, sob a condição de não produzir provas contra si no processo. Não está claro, porém, que tipo de acordo foi feito entre as partes.
Rui Pinto é acusado de 90 crimes, 68 deles por “acesso indevido”, 14 por “violação de correspondência” e 6 por “acesso ilegal” e ainda pelos crimes de sabotagem informática e extorsão.
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