PF caça quadrilha que roubou R$ 18 milhões de prefeituras e converteu em criptomoedas

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (16), a Operação Dois Fatores, que visa apurar crimes envolvendo o roubo de valores de contas bancárias de prefeituras municipais. Segundo a PF, uma quadrilha teria convertido parte do dinheiro em criptomoedas.

70 policiais federais cumprem 28 mandados judiciais, sendo 11 de prisão e 17 de busca e apreensão. As ações ocorrem em Goiás, Pará, São Paulo, Maranhão, Bahia e Distrito Federal.

A investigação apura a ação de uma quadrilha que teria invadido o internet banking de diversas prefeituras e realizado saques não autorizados. As fraudes eletrônicas teriam ocorrido em contas da Caixa Econômica Federal.

A própria Caixa fez a denúncia que deu início às investigações. Segundo o banco público, os criminosos teriam feito retiradas de até R$ 2 milhões em poucas horas de ataque à conta bancária da Prefeitura de Pontes e Lacerda, no Mato Grosso.

Em somente quatro dias, o prejuízo a todas as prefeituras atacadas teria sido superior a R$ 18 milhões. A fraude contra as prefeituras causou, por exemplo, desde atraso dos salários de servidores até a falta de pagamento de fornecedores. A PF não divulgou a lista de prefeituras atacadas.

A operação tem o objetivo de prender os criminosos e obter provas da atuação fraudulenta. Além disso, os policiais visam confiscar os valores roubados, inclusive os que os criminosos converteram em criptomoedas.

Quadrilha agiu em conluio com hackers e funcionários de operadoras de telefonia, diz PF

Segundo a Polícia Federal, a organização criminosa agiu em conjunto com hackers e funcionários de operadoras de telefonia por todo o país. Dessa forma, juntos, eles visavam atacar servidores do primeiro escalão das prefeituras. Em seguida, eles acessavam contas por meio de fraude do mecanismo de autenticação em duas etapas. Daí o nome da operação.

A PF não chegou a detalhar a tática utilizada pelos criminosos. No entanto, a participação de funcionários de operadoras indica uma possível interceptação do SMS com o código secundário que permitiria o acesso à conta bancária da prefeitura.

hacker criptomoedas

Com o dado em mãos, portanto, a quadrilha podia entrar no internet banking e fazer transações para contas de terceiros. A partir daí eles desviavam o dinheiro de várias formas, como pagamento de boletos e a conversão em criptomoedas. A PF não chegou a informar quais exchanges teriam sido utilizadas para viabilizar o esquema.

As ordens foram expedidas pela 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Cáceres/MT. Os investigados respondem pelos crimes de invasão de dispositivo informático mediante fraude furto qualificado.

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