PF autoriza viagem de policial a El Salvador para ‘Curso de Investigação de Uso Criminoso de Criptomoedas’
Escrivão vai ficar entre os dias 15 e 29 de janeiro na capital San Salvador
Um agente da Polícia Federal (PF) deverá participar do ‘Curso de Investigação de Uso Criminoso de Criptomoedas’, que acontece durante duas semanas em San Salvador, capital de El Salvador. A viagem do escrivão foi autorizada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio de um despacho assinado pelo diretor-geral da PF Paulo Gustavo Maiurino no último dia 5. O documento foi publicado na edição desta sexta-feira (7) do Diário Oficial da União (DOU) autorizando a permanência do policial de 15 a 29 de janeiro no país da América Central para a realização do curso.
Esta semana o governo de El Salvador, que em setembro do ano passado instituiu o Bitcoin (BTC) como moeda legal no país, avançou com os planos do presidente Nayib Bukele de emitir títulos da criptomeda. De acordo com informações passadas pelo chefe do Tesouro Alejandro Zelaya à mídia salvadorenha, o governo prepara 20 projetos de leis para estabelecer uma estrutura jurídica e financeira para emissão do papéis, em US$ 1 bilhão, conhecidos como “Títulos Vulcão.”
Já a relação da Polícia Federal brasileira com as criptomoedas é outra. No ano passado a PF intensificou suas ações de combate a fraudes envolvendo criptoativos. Em setembro, por exemplo, o órgão do poder Executivo realizou junto com a Receita Federal a segunda fase da Operação Kryptus, responsável pela investigação da prática ilegal de pirâmide financeira. Em maio do ano passado a Polícia Federal já contabilizava mais de R$ 1 bilhão em apreensões de criptomoedas em um período de 12 meses. A Operação Kryptus foi responsável pelo indiciamento de Glaidson Acácio dos Santos da GAS Consultoria, o “Faraó dos Bitcoins”, e mais 21 pessoas em setembro do ano passado – algumas estariam foragidas no Caribe.
Outro preso e indiciado pela PF no ano passado por supostos golpes aplicados com o uso de criptomoedas foi o fundador do Grupo Bitcoin Banco, Claudio Oliveira, o “Rei do Bitcoin”, preso pelo desaparecimento de mais de 7 mil BTC na época. No caso do “Rei do Bitcoin”, cerca de 7 mil pessoas teriam sido lesadas em um valor total aproximado de R$ 1,5 bilhão. Em dezembro do ano passado, a justiça do Paraná leiloou R$ 430 mil em bens de luxo da massa falida da Bitcurrency Moedas Digitais, uma das empresas do Grupo Bitcoin Banco, de Cláudio Oliveira.
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