PF pede à justiça bloqueio de criptomoedas e outros bens de grupo preso suspeito de pirâmide financeira em São Paulo

Suposta pirâmide financeira já teria movimentado R$ 100 milhões em quatro anos; PF pediu à justiça o bloqueio dos bens dos suspeitos, incluindo criptomoedas

A Polícia Federal prendeu um grupo suspeito da cidade de Jales, interior de São Paulo, que teria envolvimento em pirâmides financeiras e já teria movimentado mais de R$ 100 milhões nos últimos quatro anos, incluindo criptomoedas.

Os investigados atraiam investidores fazendo um pagamento inicial de rendimentos e prometendo novos pagamentos todos os meses, com valores acima dos praticados pelo mercado, que chegavam a ter rendimentos de até 6% ao mês.

Os valores eram pagos com dinheiro de novos investidores, em esquema que caracterizava pirâmide financeira.

O delegado da PF de Jales, Jackson Gonçalves, explicou ao G1: 

“Prometiam altos rendimentos para as pessoas, tendo em vista que procurava a captação de recursos. As pessoas acreditavam, emprestavam dinheiro e, em um primeiro momento, ele pagava os rendimentos para adquirir credibilidade e conseguir cada vez mais captar recursos dos investidores”.

A polícia prendeu o empresário Eduardo Bercelli Mendes, de 26 anos, que seria o líder do esquema, e Murilo Dantas Oliveira, de 29, apontado pelas investigações como diretor geral do grupo investigado.

A PF localizou uma mansão, chácaras, um terreno às margens do Rio Paraná, carros de luxo, uma aeronave e três embarcações e pediu o bloqueio dos bens dos investigados, como explicou o delegado ao G1:

“Foram apreendidos vários veículos de luxo de alto valor, embarcações, aeronave, além disso foi representado ao juiz e deferido o bloqueio de bens e imóveis junto aos cartórios, bloqueio judicial de contas correntes e até criptoativos em aplicação de bitcoins”

Ao todo, segundo a Polícia, quatro pessoas foram presas e serão indiciadas por crimes contra o sistema financeiro nacional, falsidade ideológica, estelionato, crime contra a economia popular e organização criminosa e, se condenadas, podem pegar até 24 anos de prisão.

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