“Pedimos desculpas, mas culpa foi da Caixa Econômica”, diz Nubank sobre sumiço de dinheiro

Os problemas com recebimento de auxílio emergencial não se limitaram aos usuários do PicPay. Clientes do Nubank que têm usado a conta digital como forma de antecipar o benefício social pago por meio da Caixa Econômica Federal acusam a fintech de sumir com o dinheiro.

Assim como no caso do PicPay, o assunto chegou aos Trending Topics do Twitter, além de motivar queixas na plataforma Reclame Aqui e no fórum de clientes do Nubank — só nesse espaço são mais de 400 mensagem sobre o tema.

Procurado pela reportagem, o Nubank informou via assessoria de imprensa que a origem do problema está na Caixa Econômica Federal, responsável pelo pagamento inicial do auxílio emergencial.

“Entre 15 de abril e 10 de junho de 2020, parte dos clientes do Nubank que realizou o pagamento de boletos por meio da Caixa Econômica Federal recebeu em sua conta digital uma quantia superior ao valor correto. O erro ocorreu devido a uma falha no sistema da própria CEF”.

Por meio de nota, a Caixa Econômica Federal alegou que os clientes e beneficiários estão conseguindo efetivar suas operações, mas admite haver oscilações no app. “Devido à magnitude de acessos, média de 500 mil usuários por hora, podem ocorrer intermitências momentâneas em alguns serviços”, acrescentou.

Dinheiro de volta?

O Nubank disse ainda que começou a estornar tais valores, mas que suspendeu a ação quando notou inconsistências nas informações da Caixa Econômica. E que enquanto aguarda esclarecimentos do banco estatal, decidiu reverter os valores aos seus clientes.

A reportagem também solicitou às instituições e aguarda maiores informações sobre o total de pessoas afetadas pelos problemas com as transações entre as contas digitais.

Tanto nas postagens no fórum quanto no Twitter há usuários que informam ter recebido de volta o dinheiro. Outros dizem não ter recebido ainda qualquer restituição de valores.

Entenda o problema na Caixa Econômica

A Caixa Econômica Federal é a responsável por realizar os pagamentos do auxílio emergencial por meio de conta digital operada pelo aplicativo Caixa TEM. Apesar de haver um calendário específico para realizar os depósitos nas contas, o banco estatal estabeleceu limites para a realização de saques em dinheiro. O objetivo, segundo a instituição, é incentivar o uso de meios digitais de pagamento e de evitar filas nas agências.

Beneficiários do auxílio emergencial, no entanto, vêm buscando nas carteiras de digitais de fintechs como Nubank, Inter e PicPay uma forma de antecipar o recebimento. Isso acontece porque essas empresas oferecem o serviço de depósito por boleto — ao pagá-lo, o cliente recebe o dinheiro em sua conta.

Também joga contra a Caixa Econômica o fato de o aplicativo apresentar uma série de falhas e instabilidades. De acordo com o banco estatal, isso se deve ao seu uso massivo.

Tanto o Nubank quanto o PicPay alegam que tais instabilidades no Caixa TEM e outros problemas têm afetado as transações que envolvem as carteiras da fintech. O banco estatal, por sua vez, segue alegando que o aplicativo funciona normalmente, embora esteja sujeito a instabilidades.

Humor nas redes

Além das reclamações, há usuários que aproveitaram a polêmica para fazer humor. Uma postagem no Twitter compara o sumiço de dinheiro das contas de PicPay e Nubank com o confisco da poupança determinado no começo da década de 1990 pelo governo do então presidente Fernando Collor de Mello (1990-1992).

Houve até mesmo quem usasse a própria crise. Um usuário que está supostamente com a conta negativada no Nubank também aproveitou para fazer humor a partir da polêmica.


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