Político paraguaio que pretende concorrer à presidência em 2023 promete adotar Bitcoin como moeda oficial caso seja eleito

Carlitos Rejala já apresentou um projeto de lei Bitcoin no congresso paraguaio em julho e agora anuncia que tornará o BTC a moeda oficial do país, caso seja eleito.

Carlitos Rejala, membro da Câmara dos Deputados do Paraguai, anunciou que poderá se candidatar à presidência em 2023 e, caso seja eleito, tornará o Bitcoin (BTC) a moeda oficial do país. A declaração foi feita em seu perfil no Twitter e motivou reações ambivalente entre seus seguidores.

Embora a maioria tenha apoiado seu desejo de se candidatar ao mais alto cargo do executivo paraguaio, muitos deixaram claro que tornar o Bitcoin moeda de curso legal não deveria estar entre as prioridades de Relaja, se ele de fato for eleito.

Se concorrermos à presidência em 2023 # bitcoin como moeda oficial!

Um pseudônimo autoidentificado Arponrock manifestou-se favorável à candidatura, porém defendeu a manutenção do Guaraní como moeda nacional:

Carlitos, apoio sua candidatura, meu jovem, você não está contaminado por toda a sujeira da nossa política, mas a questão do Bitcoin não pode ser vista como uma opção monetária, temos a moeda mais estável e forte do continente, que sofreu muito para tornar-se a moeda de vanguarda da América Latina.

Também houve críticas aludindo à volatilidade da criptomoeda e o risco de que uma desvalorização do BTC possa fazer com que a economia paraguaia entre em depressão.

Rejala é o mesmo político paraguaio que em julho apresentou ao Congresso paraguaio um projeto de lei para legalizar e regular a posse e a comercialização de Bitcoins no país.

A comunidade cripto esperava que a lei pudesse ter similiaridades com a Lei Bitcoin aprovada em El Salvador, propondo a adoção do Bitcoin como moeda de curso legal no Paraguai. No entanto, o projeto afirma exatamente o contrário: 

“Os ativos digitais não são moedas de curso legal utilizadas pelo Estado paraguaio, por isso não contam com o lastro do Banco Central do Paraguai.”

A lei estabeleceu regras para investidores e para a indústria de mineração, a qual é forte no país, uma vez que 100% da energia produzida no país vem de usina hidrelétricas. A lei frustrou ainda mais os adeptos das criptomoedas e os pools de mineração locais por instituir impostos sobre a comercialização de ativos digitais e a importação de equipamento, além de instituir a exigência de licenciamento anual para os mineradores sediados no país.

Depois da entrada em vigor da Lei Bitcoin em El Salvador, em 7 de setembro, há grande expectativas sobre qual será o próximo país a adotar o BTC como moeda oficial.

Além do Paraguai, Cuba e Ucrânia fizeram avanços nesse sentido, sem no entanto tornar o Bitcoin moeda de curso legal, conforme relatou o Cointelegraph recentemente.

O Banco Central do país lationamericano anunciou na quarta-feira a legalização das criptomoedas como instrumento de investimento e também autorizou que, a partir de agora, os habitantes da ilha realizem transações comerciais utilizando criptoativos.

Dois dias depois que o Bitcoin foi oficializado em El Salvador, a Ucrânia aprovou uma lei que legaliza as criptomoedas, aumentando a proteção aos investidores do país. No entanto, segue sendo proibida utilização de ativos digitais como meio de pagamento.

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