Jogadores do Palmeiras sofrem calote de R$ 11 milhões de empresa cripto intermediada por corretora de Willian, do Fluminense

Mayke e Gustavo Scarpa embarcaram na promessa de retorno mensal de até 5% sobre os aportes, que ‘viraram cinzas.’

Os jogadores Mayke, lateral-direito do Palmeiras, e Gustavo Scarpa, que atuou no Verdão e atualmente defende o Nottingham Forest, da Inglaterra, amargaram um prejuízo  total de aproximadamente R$ 11 milhões, recurso aportado pelos atletas em um investimento em criptomoedas que prometia retornos mensais entre 3,5% e 5%. A investigação sobre o suposto golpe milionário sofrido pelos jogadores foi noticiada em primeira mão pelo Fantástico, no final de fevereiro. 

De acordo com informações veiculadas pela ESPN, Mayke e Scarpa acionaram a Justiça para tentarem reaver seus investimentos. As ações também envolvem a corretora WLJC, que tem como um dos sócios o atacante Willian Bigode, do Fluminense, que teria indicado o investimento aos jogadores lesados.

Segundo a publicação, as outras duas empresas envolvidas são a Xland, que não teria realizado o pagamento no prazo contratual e não ter devolvido ou prestado informações sobre o dinheiro investido pelos jogadores, e a Soluções Tecnologia Eireli, que é parceira da Xland na conversão do real para criptomoedas (gateway).

No caso de Scarpa, o processo tramita na 10ª Vara Cível de São Paulo, onde o atleta pede o ressarcimento dos R$ 6,3 milhões investidos com a alegação de que o prazo para a devolução do aporte, 19 de agosto do ano passado, não foi cumprido. 

Em relação a Mayke, cujo processo tramita na 14ª Vara Cível de São Paulo, o pedido giram em torno de mais de R$ 4,5 milhões investidos, cuja devolução estava prevista para 12 de outubro do ano passado. Nesse caso, o lateral-direito também busca o rendimento prometido sobre o valor investido, cerca de R$ 3,2 milhões. 

Além do ressarcimento, os atletas ainda pedem o “bloqueio e arresto de valores depositados em contas bancárias, bens móveis e imóveis, ativos financeiros alocados em agências de exchanges de criptomoedas, corretoras de valores, dentre outros bens possíveis e passíveis de penhora em nome das rés”, o que tem por objetivo a garantia de ressarcimento dos valores reivindicados.

A reportagem informou que procurou a assessoria de Willian Bigode, que alegou também ter sofrido prejuízo com a empresa de criptomoedas e que não se pronunciaria sobre o episódio envolvendo os atletas do Palmeiras, por enquanto.

Já os executivos da AirBit Club, cofundada por brasileiros nos EUA, deverão enfrentar a possibilidade de décadas de prisão após se declararem culpados de fraude de US$ 100 milhões, conforme noticiou o Cointelegraph.

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