Mais de 40 milhões de onças de ouro são ‘descobertas’ na Sibéria
Enquanto novas reservas de ouro são descobertas, aumentando seu suprimento, há cada dia menos Bitcoin para ser minerado.
Mais de 540 milhões de toneladas de minério, contendo uma estimativa de 40 milhões de onças troy de ouro com teor médio é de 2,3 gramas de ouro por tonelada de minério, foram “descobertas” nas reservas de Sukhoi Log na Sibéria, segundo a mineradora Polyus.
Caso a revelação da empresa russa seja verdadeira as reservas de Sukhoi Log passam a ser as maiores do mundo.
Antes da “descoberta” já havia uma estimativa de quanto ouro o lugar poderia possuir, até 1/5 das reservas da Russia, ou seja, muito abaixo do que a estimativa revelada.
“Esta estimativa classifica Sukhoi Log como o maior depósito de ouro entre ativos greenfield e minas de ouro em operação”, disse a Polyus em um comunicado.
O Sukhoi Log, localizado na região isolada de Irkutsk da Sibéria, foi descoberto por geólogos soviéticos em 1961 e estudado na década de 1970. O governo há muito tempo considerava explorar o depósito e, em 2017, vendeu o campo em um leilão para a Polyus e uma parceira estatal, cuja participação foi comprada posteriormente pela mineradora.
Enquanto o ouro ‘não tem fim’ o Bitcoin é escasso
A revelação sobre a quantidade trilhonária de ouro na Sibéria (cada onça troy de ouro está avaliada em US$ 1.400 no momento da escrita) demonstra que o argumento de que o ouro seria um material escasso, com suprimento limitado, pode não ser tão válido.
Embora o estoque subterrâneo de reservas de ouro no mundo é estimado atualmente em cerca de 50 mil toneladas, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos há cada ano são descobertas novas jazidas de ouro.
Além disso, no caso da mineração de ouro há “dois tipos” de “produção”: as reservas minerais, que são o ouro economicamente viável de extrair ao preço listado; e recursos minerais, que são o ouro que se tornará economicamente viável após pesquisas adicionais ou a um preço mais alto.
Desta forma é praticamente impossível determinar quanto de ouro realmente existe e quanto é possível extrair.
Enquanto “novo ouro” é descoberto todo dia e com isso seu suprimento só vai aumentando no caso do Bitcoin é o inverso: a cada dia há menos Bitcoins para serem minerados e, não haverá nunca a descoberta de “novos bitcoins” além do suprimento estimado no código de 21 milhões.
Segundo dados do portal Coindance 18,525,931.25 Bitcoins já foram mineradores, desta forma, no momento da escrita há apenas 2,474,068.8 de Bitcoins para serem descobertos.
Com uma taxa, pós-halving, de 900 Bitcoins minerados por dia, no momento da escrita, 88.219% dos Bitcoins possíveis de existir já foram descobertos.
Desta forma se o principal argumento do ouro como reserva de valor é a escasses do minério o Bitcoin supera o metal precioso pois nunca será possível “criar” mais Bitcoins além dos 21 milhões programados no código criado por Satoshi Nakamoto.
Ouro no espaço
Não bastasse a quantidade ainda não definida de ouro na Terra empresários e pesquisadores já estão de olho no ouro que há fora do nosso mundo.
Nesta linha o presidente dos EUA, Donald Trump e o fundador da Tesla, Elon Musk já tem uma estratégia planejada.
O presidente americano assinou, este ano, uma ordem executiva, na qual declara que os EUA podem minerar recursos minerais na Lua ou em qualquer asteróide.
A ordem chamada “Encouraging International Support for the Recovery and Use of Space Resources” também permite que empresas americanas possam coletar, explorar e ‘arrancar’ qualquer recurso de qualquer satélite natural e também em asteroides do Sistema Solar.
O ato de Trump inclui o asteroide 16 Psyche, que contém nada menos que US$ 10.000.000.000.000.000.000 em ouro e metais preciosos.
Localizado entre Marte e Júpiter, orbitando o Sol, o asteroide é praticamente uma estrutura inteira feita de ouro e metais.
São cerca de 120 quilômetros de largura constituídos de ouro, níquel, ferro, platina e outros metais.
A agência espacial americana, NASA, e a SpaceX de Elon Musk firmaram um acordo para o lançamento da sonda Psyche (o mesmo nome do asteroide) em 2022 e que deve chegar até o solo do asteroide em 2026.
Segundo a NASA o objetivo da missão é estudar a estrutura do 16 Psyche e não fazer ‘mineração’, no entanto, nem a NASA nem a SpaceX garantiram que nenhum artefato do asteroide será trazido para a Terra.
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