Cresce oposição à escolha da OCC de Biden, temendo que ela pode “regular a criptografia até o desaparecimento”

O senador do Texas Ted Cruz está entre vários políticos e banqueiros que se opõem à nomeação de Saule Omarova.

A resistência está crescendo aos planos do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de recorrer à uma crítica ferrenha dos bancos e das criptomoedas para dirigir o Gabinete do Controlador da Moeda (em inglês Office of the Comptroller of the Currency – OCC).

A proposta de nomeação da professora de direito Saule Omarova para chefiar a agência reguladora de bancos federais levantou sobrancelhas nos círculos políticos e financeiros, já que ela é amplamente vista como anticcripto e anti-grandes bancos.

O senador Ted Cruz se tornou o mais recente cripto aliado a se manifestar, alegando, em um tweet na terça-feira, que suas decisões, se nomeada, podem mudar o futuro da indústria.

“Não é apenas Saule Omarova, a escolha de Biden para liderar o OCC, uma ameaça à nossa economia tradicional, ela também quer regular a criptoeconomia até o seu fim. A cripto enfrenta regulamentações governamentais definidoras de seu futuro. Essa nomeação precisa ser interrompida”.

Vários grandes bancos e associações bancárias também são contra a nomeação, com a American Bankers Association (ABA) debatendo se deve lutar publicamente contra a decisão. O presidente e CEO da ABA, Rob Nichols, disse: “Temos sérias preocupações sobre as ideias dela para reestruturar fundamentalmente o sistema bancário do país”, em um comunicado na sexta-feira.

No ranking republicano no Comitê de Bancos do Senado, Pat Toomey também se opôs à nomeação na semana passada, afirmando que tem “sérias reservas”, dadas suas “ideias de extrema esquerda”.

Rebeca Rainey, presidente e CEO do Independent Community Bankers of America, disse que Omarova “deslocaria os bancos comunitários locais e restringiria o crescimento econômico nas comunidades locais”, de acordo com relatos.

O OCC supervisiona gigantes bancários da América, como Goldman Sachs, JPMorgan e Citi Group, e também abrange parte da indústria de criptomodas.

Espera-se que Omarova, que já disse que queria “acabar com o sistema bancário como o conhecemos”, aplique regras mais rígidas. Ela também afirmou que o aumento das criptomoedas está “beneficiando principalmente o sistema financeiro disfuncional que já temos”.

Ela compartilha opiniões com legisladores anti-cripto, como a senadora Elizabeth Warren, de que os ativos digitais ameaçam desestabilizar a economia, de acordo com a Bloomberg. Por sua vez, Warren afirmou que a nomeação era “uma notícia tremenda” e esperava por regulamentações mais pesadas.

O OCC deixou de ser uma das agências mais pró-cripto do Tesouro sobatual a liderança. Brian Brooks, ex-chefe da equipe jurídica da Coinbase, juntou-se ao OCC em março de 2020 e abriu caminho para a legislação que permite aos bancos custodiar a criptoeconomia.

Em janeiro, o regulador bancário disse aos bancos nacionais que eles poderiam operar nós independentes para redes de livros-razão distribuídas, como stablecoins. No entanto, o tom mudou desde então. Em 21 de setembro, Michael Hsu, chefe interino do OCC, alertou que os produtos financeiros descentralizados são semelhantes aos que catalisaram a crise financeira global em 2008

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