O Bitcoin não deve voltar ao topo, diz diretor de associação do mercado financeiro do Brasil

Aquiles Mosca, presidente do Comitê de Educação de Investidores da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), escreveu em artigo para o jornal Valor Econômico sobre suas percepções dos comportamentos de investidores de Bitcoin no Brasil.

No artigo publicado na última terça-feira (28), o consultor apontou o crescimento da quantidade de brasileiros que buscam lucros com Bitcoin: criado em 2008, o criptoativo tem cerca de 1 milhão de investidores, contra apenas 700 mil investidores individuais da bolsa de valores do Brasil, fundada em 1890.

Em sua avaliação, Mosca escreveu que o Bitcoin acumulou mais de 70% de valorização nos últimos 12 meses, período em que foi registrado grande salto no volume de investimentos relacionados à criptomoeda no Brasil. Ele disse que as informações otimistas do período têm levado muitos a investir, mas que o valor do Bitcoin não deve voltar a seu pico.

Mosca é consultor, estrategista de investimentos e professor de finanças comportamentais e gestão de ativos. A Anbima, associação da qual é membro, é responsável por representar as instituições do mercado de capitais brasileiro.

O analista considera que a volatilidade do Bitcoin frequentemente supera a imprevisibilidade do valor das ações na Bovespa. Ainda assim, o mercado tem sido atraente para investidores com pouca experiência em aplicações de alto risco.

O professor de finanças comportamentais avaliou que o crescimento do número de investidores na criptomoeda acontece em parte pela expectativa de retorno do valor registrado em seu pico histórico entre o fim de 2017 e início de 2018. À época, uma unidade de Bitcoin valia mais de US$ 19,2 mil.

O segundo comportamento considerado pelo economista para explicar o número de investidores de Bitcoin no Brasil é o que chama de “saliência” ou “disponibilidade”. Ou seja, o grande número de atenção da imprensa sobre o assunto, além do volume de livros, vídeos e material produzido sobre o tema.

Temos a tendência de acreditar que toda informação muito disponível ou saliente tem maior probabilidade de confirmar-se.

Para o membro da Anbima, o efeito manada também ajuda e explicar o movimento de alto volume de investimentos em Bitcoin. Mosca diz que “aquela necessidade inconsciente que temos de agir em conformidade com o grupo” contribui para influenciar a tomada de decisões.

O último fator de influência para os investidores, segundo o consultor, é “o medo de ficar para trás”, ou seja, a impressão que alguns investidores têm de estarem perdendo uma grande oportunidade, ou de não estar se atualizando com os novos investimentos de sucesso.

A análise comportamental não é o único aspecto a ser considerado por investidores, segundo Aquiles Mosca. Para ele, porém, os investimentos não podem ser baseados unicamente em resultados passados ou em sensações do mercado.


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