Conselheira do Nubank é integrada ao conselho de administração da Circle, emissora da stablecoin USDC
Anita Sands faz parte do Comitê de Auditoria e Gerenciamento de Risco da fintech brasileira e agora se junta à Circle para contribuir com a expansão da empresa de pagamentos baseada em criptoativos e tecnologia blockchain.
A consultora de tecnologia líder de gerenciamento de mudanças e membro do Comitê de Auditoria e Gerenciamento de Risco do Nubank, Anita Sands, foi integrada ao Conselho de Administração da Circle, empresa de pagamentos emissora da stablecoin atrelada ao dólar USDC. Com US$ 45 bilhões em capitalização de mercado, o USDC é a segunda maior stablecoin em circulação no mundo, hoje, de acordo com dados do CoinMarketCap.
O anúncio foi feito através de um comunicado à imprensa em que o CEO e cofundador da Circle, Jeremy Allaire, destaca a experiência da nova conselheira e do papel estratégico que ela deverá desempenhar à medida que a empresa expande o escopo de seus serviços financeiros para torná-los globalmente mais eficientes e inclusivos:
“Estamos liderando a Circle em um período empolgante de crescimento e expansão explosivos, à medida que os negócios começam a compreender o dinheiro como um recurso central da Internet”.
De acordo com o CEO da Circle, Sands é especialista em liderar e assessorar empresas em rápida expansão e crescimento em um período de transformações profundas nas formas de construir e gerenciar negócios. Ele destaca também sua capacidade de contribuir para a estruturação de startups e fintechs que buscam abrir seu capital no mercado através de SPACs ou IPOs. Caso do Nubank, cuja oferta inicial de ações na bolsa de Nova York foi um sucesso, com uma alta de 15% no primeiro dia de negociação.
A fintech brasileira é citada na nota divulgada à imprensa quando Allaire enumera as empresas de cujos conselhos Sands faz parte atualmente. De acordo com a nota, Sands também faz parte do conselho de um SPAC patrocinado pelo SoftBank Vision Fund.
Conforme noticiou o Cointelegraph Brasil, ao longo de 2021 a Circle revelou ter planos de abrir seu capital através de um SPAC – Companhia com Propósito Especial de Aquisição. O processo seria levado à cabo com a fusão da empresa de pagamentos com a Concord Acquisition Corp.
A futura empresa chegou a ser avaliada em US$ 4,5 bilhões, mas o processo não foi adiante. A integração de Sands ao Conselho Administrativo da Circle sinaliza que os planos de abertura de capital poderão ser retomados em breve.
Mesmo que o processo não tenha sido concluído, 2021 foi um ano de expansão ao longo do qual a Circle fechou parcerias importantes tanto com empresas nativas de criptomoedas quanto com instituições financeiras tradicionais e viu sua capitalização de mercado crescer mais de 1.000%. Em maio, a empresa levantou US$ 440 milhões em uma rodada de investimentos privados.
Do lado do Nubank, Sands pode se tornar um elo entre a fintech brasileira e o mercado de criptomoedas. Em outubro do ano passado, em um evento sobre o Real Digital promovido pelo Banco Central do Brasil, o diretor de relações institucionais do Nubank, Bruno Magrani, comparou o momento atual do mercado de criptoativos ao da primeira geração da internet e sugeriu que o BC não ignorasse o potencial disruptivo das finanças descentralizadas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
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