Novo CEO da Grayscale: fundos de pensão estão entrando no mercado cripto

Maior custodiante de bitcoin do mundo, com o equivalente a 23 bilhões de dólares do ativo digital em sua posse, a gestora de investimentos em criptoativos Grayscale anunciou nesta semana a nomeação de seu novo CEO, Michael Sonnenshein, que, em sua primeira entrevista no cargo, já afirmou que a empresa tem observado uma mudança significativa no comportamento de investidores institucionais que entram neste mercado.

A Grayscale possui 10 fundos de investimento em criptoativos que, no total, somam 27,4 bilhões de dólares sob gestão, sendo o maior e mais conhecido deles o Grayscale Bitcoin Trust (GBTC). Voltado para investidores institucionais, o GBTC era visto como um fundo utilizado praticamente apenas por fundos de hedge interessados em garantir exposição ao bitcoin. Sonnenshein, entretanto, afirma que o fluxo institucional no GBTC é muito mais amplo:

“Começamos a notar a participação não apenas dos fundos de hedge, que já faziam isso há algum tempo, mas agora também de outras instituições, fundos de pensão e fundos patrimoniais”, disse, em entrevista à Bloomberg. “O tamanho das alocações que eles estão fazendo também está crescendo rapidamente”, completou.

 

A possibilidade de entrada de novos — e grandes — atores institucionais no mercado de criptoativos, como fundos de pensão e patrimoniais, que gerenciam uma quantidade gigantesca de dinheiro, pode ajudar a consolidar e impulsionar o mercado, e por isso é bastante aguardado pelos investidores do setor.

Michael Sonnenshein assumiu o posto de CEO após três anos como diretor operacional da empresa, em substituição a Barry Silbert.

Com sede em Nova York (EUA), a Grayscale é regulamentada pela Securities and Exchange Commission (SEC) dos Estados Unidos e oferece aos seus investidores a possibilidade de investir em bitcoin, ether e outros criptoativos sem a necessidade de comprar e custodiar os ativos diretamente, já que isso é responsabilidade da própria gestora.

Ao todo, a Grayscale possui mais de 546 mil unidades de bitcoin sob sua custódia, o que equivale a quase 3% de todos os 18,6 milhões de bitcoins em circulação — o número máximo de bitcoins que poderão ser emitidos é de 21 milhões.

No curso “Decifrando as Criptomoedas” da EXAME Academy, Nicholas Sacchi, head de criptoativos da Exame, mergulha no universo de criptoativos, com o objetivo de desmistificar e trazer clareza sobre o funcionamento. O especialista usa como exemplo o jogo Monopoly para mostrar quem são as empresas que estão atentas a essa tecnologia, além de ensinar como comprar criptoativos. Confira.

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