NFTs serão ‘passaporte’ obrigatório para entrada em restaurante de Nova York
Estabelecimento será inaugurado em 2023, mas NFTs do Flyfish Club (FFC) já estão disponíveis no OpenSea
Um clube de jantar de cerca de 900 metros quadrados em um edifício de luxo de Manhattan, em Nova York, que só deve ser inaugurado em 2023, já está sendo disputado pelos pretensos frequentadores. Os ingressos, na verdade, são tokens não fungíveis (NFT), que servirão como uma espécie de passaporte necessário para o acesso ao local, inspirado em frutos do mar – os criptoativos não incluem os preços das iguarias consumidas.
O ‘disputado NFT’, no caso, é o Flyfish Club (FFC), cujo valor mínimo segundo a plataforma OpenSea, na ocasião dessa escrita, era de 4,4 ETH, aproximadamente US$ 12 mil no momento desta edição. Já os mais afortunados, que se dispuserem a desembolsar 551,155 ETH pelo FFC mais caro da coleção, quase US$ 1,5 milhão, têm direito a fazer reserva e levar até 8 convidados ao badalado restaurante. O que inclui pessoas sem o NFT segundo os dados do plataforma MarketPlace. Além de “acesso ao nosso salão de coquetéis, restaurante, espaço ao ar livre e eventos privados, com base na ordem de chegada.”
De acordo com informações do CEO fundador do VCR Group, David Rodolitz, ao Washington Post, 1501 NFTs foram vendidos nas duas primeiras semanas deste ano, o que na ocasião representava um lucro de US$ 15 milhões. No momento desta edição, o mapeamento do OpenSea indicava um volume de transações de aproximadamente 6,8 milhões de ETH, cerca de US$ 18 milhões em negociações de FFCs.
Rodolitz comparou os NFTs a símbolos tradicionais de status, como grandes grifes de bolsa e tênis, em que as pessoas usam para dar conotação de gostos e meios. O que foi justamente alvo de críticas há alguns dias por parte do YouTuber brasileiro Cauê Moura, que chamou os donos de NFTs de ‘otários’ por considerar esses tipos de criptoativos uma forma de manutenção da lógica capitalista de explorar a desigualdade, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
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