Grandes coleções de NFTs ganham status de Blue Chips à medida que o mercado de criptomoedas se desenvolve

Conceito vem do mercado tradicional e diz respeito a grandes projetos que se comparam a gigantes corporações ao se consolidarem como opção de investimento.

Embora não sejam infalíveis, empresas como a Coca-Cola, o Wallmart e a gigante dos cartões de crédito Visa são corporações consideradas como uma espécie de porto seguro quando o assunto é investimento em ações de empresas de capital aberto. O mesmo poderia ser dito em relação aos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, para onde correm os investidores em tempos de incerteza econômica. 

Nas finanças tradicionais, estes papéis são conhecidos como “Blue Chips” e representam ações com grande liquidez nas bolsas de valores, normalmente ligadas a grandes corporações, com nome consolidado e, por isso, vistas como uma garantia de fluxo de retorno inalterado ao longo dos anos. 

Em tempos de tokens não fungíveis (NFTs), algumas grandes coleções também são rotuladas como Blue Chips, embora o mercado de criptomoedas seja incipiente se comparado ao mercado tradicional. 

No rol do seleto time das “Coca-Colas, Wallmarts e “Visas” dos NFTs figuram coleções como o Bored Ape Yacht Club (BAYC), o CryptoPunks e o Cool Cats, que, para os especialistas do mercado cripto seriam opções de investimento seguras, apesar das turbulências do inverno cripto. 

Entretanto, a comparação é uma analogia em razão do surgimento recente das coleções de NFTs. O que representaria dizer que elas estão para o mercado de criptomoedas assim como as ações das corporações, Blue Chips, estão para o mercado tradicional. 

Ainda que as coleções de NFTs Blue Chips sejam novas, como o BAYC, que completou um ano recentemente, e o CryptoPunks, que nasceu em 2017, a respeitabilidade de algumas grandes coleções estaria calcada em alguns pilares, como o status positivo do criador e da equipe por trás do projeto, assim como a aceitação da comunidade e a disposição de se adaptar para manter o criptoativo culturalmente relevante. 

Outra questão inerente aos NFTs Blue Chips diz respeito à adaptabilidade em relação ao amadurecimento do mercado de criptomoedas. Isso porque não é possível afirmar se, no futuro, os NFTs irão se dissociar da arte, ainda que muitas pessoas não aceitem esta associação. Por outro lado, as tecnologias disruptivas oferecem um grande leque de possibilidades para as grandes coleções, algumas já abarcadas por estes projetos.

Foi nesta toada que o Cryptopunks se tornou uma das mais populares coleções de NFTs da atualidade, a partir do uso dos personagens criados aleatoriamente como fotos de perfil nas redes sociais, por parte de celebridades inclusive. Outro exemplo é o próprio Bored Yacht Club, que já chegou ao metaverso em maio com o lançamento do Otherside. 

Sem mencionar o valor agregado a coleções blue chips de NFTs, este mercado ainda apresenta muitas outras possibilidades de ganhos. Que o diga Nyla Hayes, uma garota de 13 anos que resolveu transformar em NFTs os desenhos de dinossauros e outras criações que brotavam de sua imaginação. O que acabou rendendo à menina a bagatela de US$  7 milhões em 10 meses. Tanto que o Cointelegraph Brasil elaborou um tutorial completo explicando o que é, e como criar um NFT,  passo a passo

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