Nem dinheiro de papel nem cartão de crédito: China adota QR Code como meio de pagamento
Pagamentos digitais por meio de QR Code têm facilitado a compra e a venda de produtos de consumo diário na China. Segundo reportagem do Fantástico no domingo (01), a ascensão das fintechs está eliminando o pagamento com dinheiro e cartões numa revolução digital.
Intitulada ‘Expresso Futuro’, a matéria é a primeira uma série de reportagens da emissora como Canal Futura. Ela mostra o que está sendo criado pelas startups que trabalham para inovar e otimizar serviços do sistema financeiro na China.
“Por que os chineses estão quase aposentando o dinheiro em papel”, abre a reportagem o apresentador Tadeu Schmidt ao lado da colega Poliana Abritta.
“A cidade é o berço do comércio na China, de onde saíam porcelanas e seda para o mundo todo”, diz Schmidt, ressaltando:
“Ir à China é olhar pro futuro. O que está acontecendo lá vai acontecer no resto do mundo daqui a dois, três, dez anos. A China é o país onde o dinheiro em papel foi inventado. E, provavelmente, vai ser também o país onde o dinheiro em papel vai ser aposentado”.
O especialista em tecnologia Ronaldo Lemos esteve em Hangzhou, capital de Zhejiang, a 1300 km de Pequim. Ele foi em busca de algumas novidades tecnológicas.
O comércio na China agora circula por meio da internet. Os pagamentos são feitos de forma digitalizada por meio do QR Code, código de barras bidimensional que pode ser facilmente escaneado usando a maioria dos telefones celulares equipados com câmera.
O destaque fica para um aplicativo criado por uma fintech chinesa, que funciona como uma carteira digital. Por meio dele é possível pagar por mercadorias, pegar um táxi ou até mesmo pegar um empréstimo sem sair da plataforma, diz a reportagem.
“A gente conecta pequenos negócios com nosso usuários. Então, os vendedores menores conseguem usar uma tecnologia muito simples e colocar seus negócios na era digital”, disse uma representante da empresa.
Para explicar a ascensão dos meios digitais de pagamentos, na reportagem, o especialista em tecnologia Ronaldo Lemos apresenta um tipo de feira, com vários tipos de comércios.
No local, que fica em Hangzhou, capital de Zhejiang, a 1300 km de Pequim, há várias barracas de frutas, legumes, e produtos alimentícios de consumo diário.
Pode-se ver os comerciantes, inclusive idosos, recebendo os valores por meio do QR Code estampados em suas barraquinhas.
Integração digital na China
A revolução financeira está integrando os produtores da China com clientes em todo o país, revela a reportagem:
“Na China, 570 milhões de pessoas moram em regiões rurais ou no interior e mesmo assim não estão fora das revoluções tecnológicas do país”.
Algumas empresa chegaram a criar centros de distribuição em vilarejos, conectando os produtores locais por meio de plataformas online tanto para compra como para venda.
A reportagem mostra um restaurante cujo pedido é feito diretamente pelo celular pagando via QR Code estampado no mesa. Finalizado, a refeição é entregue em um compartimento com a numeração indicada pelo aplicativo.
“A integração do restaurante com meu celular é total”, explica Lemos, que após alguns minutos vai à cabine e retira seu almoço.
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