Mulheres são imunes a golpes com criptomoedas, mostra pesquisa
Segundo pesquisa da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), as criptomoedas foram o produto de investimento mais usados em golpes financeiros no país e afetaram praticamente só homens.
Uma pesquisa realizada pelo Centro de Estudos Comportamentais e Pesquisas (CECOP) da CVM identificou que as criptomoedas são em geral o produto de investimento mais utilizado para se promover golpes no Brasil. O levantamento contou com a participação de 1.002 pessoas, das quais 178 declararam terem sido vítimas de fraudes financeiras.
As criptomoedas foram citadas por 43,3% dos entrevistados que já caíram em alguma fraude. O mercado Forex e opções binárias aparecem em seguida, com 29,8% e 16,9% respectivamente.
Vale destacar que segunda a pesquisa, o principal meio de divulgação utilizado para se promover esses esquemas fraudulentos tem sido o Whatsapp, com 27,5%. Além disso, divulgações boca-a-boca, e-mails e ligações telefônicas também são usadas para propagar os golpes.
Principal perfil das vítimas de golpes financeiros
Cerca de 91% das vítimas de golpes financeiros são homens. Entre eles, a maior parcela possuía idade entre os 30 e 39 anos, com renda familiar mensal entre 2 e 5 salários-mínimos.
A pesquisa indica que caíram mais em golpes pessoas que não tinham grande conhecimento e experiência de mercado, direcionando seu capital apenas em produtos como a poupança, criptomoedas e start-ups, ou que nunca tinham realizado qualquer tipo de investimento.
Já a grande parcela dos entrevistados que não tinham sido vítimas possuía um portfólio mais vasto no mercado financeiro, alocando seus recursos em ações, fundos de investimento, CDB, LCI e LCA.
Metade das vítimas ainda afirmou ter tido uma relação com o fraudador antes de cair no golpe, seja conhecendo-o pessoalmente ou tendo terceiros que o conheciam.
Entre os aspectos que mais contribuíram para que o golpe fosse realizado, as opções mais marcadas foram: aparência do site transmitia confiança, familiares/amigos já haviam feito o investimento, bom atendimento dos golpistas e desconhecimento da modalidade de golpe.
Quase metade dos entrevistados declarou ter perdido entre R$ 1.000 e R$ 50.000 com os golpes.
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