Mais de 4,1 milhões: número de brasileiros investindo em criptomoedas bate novo recorde

Além do recorde no número de pessoas físicas, o número de pessoas jurídicas também atingiu uma nova máxima histórica, apontam dados da Receita Federal

O número de investidores de criptomoedas no Brasil bateu outro recorde no mês de julho, ultrapassando 4,1 milhões. Os dados são da Receita Federal. O número de pessoas jurídicas investindo em cripto também atingiu sua marca mais alta da história, com 92.105 cadastros únicos.

Recorde duplo

Entre abril e julho de 2023, o número de pessoas físicas investindo em criptomoedas e que declaram suas movimentações à Receita Federal cresceu mais de 100%, saindo de 2 milhões para 4,1 milhões. No mesmo período, o total de pessoas jurídicas cresceu 27,5%.

Além disso, em comparação ao mês de junho, o total de investidores declarando movimentações com criptomoedas em julho foi maior em quase um milhão. Este já é o quarto recorde em número de investidores registrado em 2023. 

Comparado ao mês de julho de 2022, o total de pessoas físicas investindo em criptomoedas é 174% maior. O crescimento no número de pessoas físicas foi ainda maior, atingindo 181%.

O crescimento no número de investidores fica mais nítido, contudo, quando é avaliado o número médio de pessoas físicas no mercado cripto entre janeiro e julho de 2022 e 2023. Nos sete primeiros meses do ano passado, a média de investidores foi de 862.730. Em 2023, no mesmo período, a média superou 2,2 milhões.

Por que o crescimento foi tão significativo?

Em julho deste ano, o Mercado Bitcoin (MB) publicou a pesquisa “Revolução do sistema financeiro e tendências da criptoeconomia”, com dados referentes ao mercado brasileiro de criptomoedas. 

Uma das informações apontadas pelo estudo revela que 62% dos investidores brasileiros se expõem ao mercado cripto através de bancos e corretoras digitais. Na forma da Instrução Normativa nº 1888, da Receita Federal, essas instituições são obrigadas a reportar o número de investidores e os valores movimentados em suas plataformas.

Para Fabrício Tota, diretor de novos negócios do MB, o crescimento no número de investidores está ligado às instituições que entraram em conformidade com a Instrução Normativa e passaram a reportar as informações exigidas.

“Em especial as instituições do mundo tradicional, que oferecem versões sintéticas dos principais criptoativos, muitas vezes sem a possibilidade de saque e depósito”, completa Tota.

O número de investidores publicado pela Receita Federal, no entanto, representa apenas aqueles que movimentaram valores no mês. Além disso, o relatório não considera investidores que movimentam valores através de plataformas descentralizadas e não declaram suas negociações.

Por isso, o número de investidores de criptomoedas no Brasil pode ser substancialmente maior. No mesmo relatório que revelou a preferência dos brasileiros por instituições tradicionais na hora de investir em cripto, o MB aponta que 10 milhões de brasileiros já investem em ativos digitais.

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