Mineração de Bitcoin já devora 4 vezes mais energia que São Paulo em 1 ano

Alta do preço do Bitcoin causa pico de energia da atividade de mineração no mundo, chegando próximo do quádruplo da cidade de São Paulo.

O consumo de energia da mineração de Bitcoin já é quase o quádruplo do utilizado pela cidade de São Paulo, a maior metrópole da América Latina. O aumento é um dos efeitos da alta recente do Bitcoin, cujo preço subiu mais de 100% em menos de um mês.

Segundo o Centro de Finanças Alternativas da Universidade de Cambridge (CCAF), na Inglaterra, a atividade de mineração aumentou o consumo de energia em 23,36% nas últimas semanas. Desde 17 de dezembro, logo após romper a máxima histórica de US$ 20.000, mineradores passaram de 86,67 TWh para 106,92 TWh. Os dados foram repercutidos pelo Valor Investe.

Equipamentos de mineração, dessa maneira, já alcançam praticamente quatro vezes o consumo energético da cidade de São Paulo. Segundo o Anuário de Energéticos do Estado de São Paulo de 2020, a capital paulista consumiu 27,51 TWh ao longo de todo o ano passado.

Se o ritmo de mineração de Bitcoin continua assim, as máquinas podem rapidamente atingir 132 TWh. O valor se refere ao consumo do estado de São Paulo inteiro em 2019. O aumento do preço do Bitcoin, dessa maneira, pode ser um dos motores para que essa marca chegue logo mais.

Mineração do Bitcoin causa preocupações ambientais

Cresce na indústria de criptomoedas a preocupação com os impactos ambientais da mineração. No caso do Bitcoin, maior e mais valiosa moeda do mundo, a poluição e o alto consumo energético surgem como os principais dilemas da atividade.

Em meio a isso, inciativas surgem pelo mundo para reduzir o impacto ambiental vindo da mineração de BTC. Uma delas veio, por exemplo, da empresa Crusoe Energy Solutions, que passou a minerar utilizando eletricidade gerada de gás natural residual da Equinor, uma das maiores empresas do setor energético mundial.

Já Jack Dorsey, CEO do Twitter e da Square, que passou a investir em Bitcoin, considera que a mineração usará apenas energia limpa no futuro. A Ripple é uma das empresas que querem liderar esse movimento. Em setembro, a dona da XRP anunciou um plano para zerar a emissão de carbono da sua rede dentro de 10 anos. A ideia, além disso, é encorajar outras companhias a fazerem o mesmo.

Enquanto isso, outras iniciativas pretendem compensar o impacto negativo da mineração com soluções em blockchain. Esse é o caso, por exemplo, da Moss, uma startup brasileira que facilitar a comercialização de créditos de carbono por meio de um token digital. Uma exchange de criptomoedas britânica já anunciou que utilizará o token para compensar a sua própria pegada de carbono.

O artigo Mineração de Bitcoin já devora 4 vezes mais energia que São Paulo em 1 ano foi visto pela primeira vez em BeInCrypto.

Você pode gostar...