Metaverso é o futuro do mercado imobiliário, dizem empresários
Uso de ambientes virtuais na visualização de projetos e exibição de anúncios podem ajudar a modernizar o setor
O metaverso foi um termo que, desde o fim de 2021, vem perdendo força. As buscas no Google caíram, os investimentos de fundos de capital de risco foram reduzidos e o tema já não está mais na vitrine do mercado de criptomoedas. Na visão dos empresários da MetaMundi e da Housi, no entanto, o universo virtual é o futuro do mercado imobiliário.
Negociações a distância
A Housi é um serviço de “moradia por assinatura”, através do qual usuários identificam um imóvel e estipulam o período no qual querem ocupá-lo. Além disso, a empresa também oferece soluções de modernização de moradias, e a venda de apartamentos personalizados. É no terceiro caso onde o metaverso vem sendo aplicado.
Em parceria com a MetaMundi, companhia brasileira especializada na criação de metaversos, foi criado o metaverso Housi. “Além de criar uma vitrine para a marca e contribuir ainda mais com o branding da mesma, é uma forma de permitir que potenciais compradores visitem um imóvel sem a necessidade de se deslocar fisicamente, economizando tempo e dinheiro”, diz Byron Mendes, sócio da MetaMundi.
O conceito de replicar a moradia no metaverso já se provou efetiva. A primeira venda de um imóvel no Brasil, conduzida totalmente no metaverso, foi feita através do Metaverso Housi. “Foi possível que o comprador experimentasse, de forma virtual, como seria habitar em uma residência física da empresa imobiliária”, acrescenta Mendes.
O CEO e fundador da Housi, Alê Frankel, acredita que o metaverso e a Web3 podem modernizar o mercado imobiliário. “A moradia não evoluiu quase nada nos últimos anos. Os prédios são analógicos, com uma portaria, um salão de festas e mais nada, sem qualquer tipo de inteligência”, avalia Frankel.
Implementando a Web3
O uso de Web3 na revolução do mercado imobiliário passa pelas ferramentas que melhoram a relação entre marcas e usuários. Byron Mendes, da MetaMundi, afirma ser possível substituir as formas de anúncio atualmente usadas por ferramentas da Web3.
“Os anúncios podem ser veiculados de maneiras muito mais sutis e elegantes que um outdoor, como espaços patrocinados e ações com bônus”, diz Mendes. Além disso, ele acrescenta que os anúncios em sites e aplicativos se tornarão obsoletos, substituídos por formas mais diretas de interação entre usuário e marca.
Uma dessas interações mais diretas pode se valer do metaverso. O sócio da MetaMundi comenta a possibilidade de que áreas sejam criadas para emular anúncios destinados a públicos específicos. “Podem existir espaços virtuais que funcionarão como ‘fundos verdes’, cuja divulgação que aparecerá dependerá exclusivamente do usuário que estiver olhando” completa.
Steffen Dauelsberg, outro sócio da MetaMundi, compartilha a visão de um futuro onde as moradias estarão integradas à Web3 e ao metaverso. Em sua visão, o caso da primeira venda de um imóvel feita totalmente através do metaverso demonstra o apetite do público pelo universo virtual.
“Estamos ansiosos para continuar explorando as possibilidades do metaverso no mercado imobiliário e ajudar nossos clientes a se destacarem em um segmento cada vez mais competitivo”, conclui Dauelsberg.
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