MetaMask cresce 1.800% e se torna maior carteira de criptomoedas do mundo

A Consensys, empresa de desenvolvimento de software focada na tecnologia blockchain e fundada pelo cofundador da rede Ethereum, Joseph Lubin, anunciou nesta terça-feira, 31, que a MetaMask ultrapassou a marca de 10 milhões de usuários ativos mensais, tornando-se a maior carteira não custodial de criptomoedas do mundo.

A MetaMask é uma carteira de criptoativos criada para interagir com a rede Ethereum e todos os milhares de tokens que circulam neste blockchain – além do ether, a criptomoeda nativa da rede, a rede Ethereum é a “casa” de muitos outros criptoativos. A Metamask também suporta ativos de outros blockchains compatíveis com o Ethereum, como é o caso de Polygon, Arbitrum e Optimism.

Uma carteira não custodial é aquela em que o seu proprietário é o único que possui a chave privada de acesso, deixando o mesmo com o total controle de seus fundos. É o tipo de carteira que faz do usuário o seu próprio banco – com suas vantagens e desvantagens. Já as carteiras custodiais, usadas principalmente por corretoras de criptoativos, mas também por outras empresas que pretendem oferecer soluções mais simples e com menos riscos para seus usuários – por exemplo, com opção de recuperar senha, que não existe nas carteiras não custodiais, já que apenas o usuário tem acesso a essa informação.

Uma das principais vantagens da MetaMask em relação a seus concorrentes é que, além de um aplicativo para smartphones, ela também pode ser acessada como uma extensão para navegadores, e isso possibilita sua fácil integração com diversos sites e plataformas online, e esta função é muito utilizada em protocolos de DeFi e marketplaces de NFTs, dois setores que tiveram crescimento expressivo nos últimos meses.

As aplicações de DeFi, por exemplo, passaram de 2 bilhões de dólares alocados em colateral, em 2019, para mais de 80 bilhões em 2021. Já o mercado de NFTs também tem quebrado recordes seguidos, com venda únicas de cifras milionárias e plataformas movimentando bilhões todos os meses.

Como o uso da MetaMask é comum a muitas dessas plataformas, o uso da carteira explodiu, crescendo mais de 1.800% desde julho de 2020, chegando a mais de 10 milhões de usuários ativos mensais – há um ano, eram 545.000.

“A MetaMask definiu um novo tipo de carteira de criptomoedas, onde os usuários não interagem apenas com moedas, mas com diversas aplicações descentralizadas, e estamos constantemente tornando estes novos tipos de aplicações mais seguros e acessíveis a um público mais amplo”, disse Dan Finlay, cofundador da carteira. “Estamos permitindo aos usuários explorar novas formas de estabelecer confiança na internet”, acrescentou.

Para celebrar a marca de 10 milhões de usuários ativos por mês, a MetaMask fará uma festa no metaverso. O evento digital será realizado na plataforma Decentraland e promete distribuir brindes, certificado de participação em NFT (ou POAP, na sigla em inglês) e várias outras ações interativas.

Brasil tem posição de destaque

Apesar da Ásia ser a região com maior crescimento no número de usuários da carteira, o Brasil ocupa posição de destaque na base da MetaMask. O país é o oitavo com mais usuários no mundo – são cerca de 140.000 usuários brasileiros ativos por mês, o maior número da América Latina.

Venezuela (18º no ranking global) e Argentina (20º) são outros mercados latino-americanos relevantes para a plataforma, que, por estar muito conectada às aplicações de DeFi, tem enorme interesse por economias emergentes, cujas populações são apontadas como as que mais podem se beneficiar das finanças descentralizadas, já que elas podem promover inclusão financeira, com acesso a serviços financeiros hoje restritos àqueles com maior poder econômico.

Os 15 países com maior número de usuários da carteira MetaMask são: Filipinas, Estados Unidos, Vietnã, Reino Unido, China, Índia, Rússia, Brasil, Indonésia, Tailândia, Turquia, Alemanha, França, Canadá e Espanha.

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