Corretora sobre bloqueio de criptos no Canadá: “Não podemos te proteger”

A polícia do estado de Ontario, no Canadá, ordenou que transações de 34 carteiras de criptoativos sejam barradas. Essas carteiras estão ligadas aos protestos feitos por caminhoneiros contra a obrigatoriedade da vacina contra a Covid-19 para entrar e sair do país.

Os protestos, que começaram em janeiro, bloquearam pontes e fronteiras do Canadá, e são considerados ilegais desde que o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau invocou o “Emergency Act” (ou “Ato Emergencial”), que não utilizado no país desde 1988.

A lista de carteiras inclui 29 endereços da rede Bitcoin, um da Ethereum, um da Cardano, um da Ethereum Classic, um da Litecoin e um da Monero.

Anteriormente, os protestantes usavam uma conta no site de financiamento coletivo GoFundMe, mas desde que esta foi suspensa, as carteiras de criptomoedas ligadas ao protesto já acumulam mais de 20 bitcoins – o equivalente a mais de 800 mil dólares (4 milhões de reais) – em doações.

O CEO da corretora de criptoativos Kraken, Jesse Powell, endereçou a preocupação de um investidor canadense no Twitter na última terça-feira, 17. Quando perguntado se a Kraken congelaria os ativos dos investidores a pedido da polícia, Powell respondeu: “Com certeza vai acontecer e seremos obrigados a concordar”. Ele ainda complementou: “Se você está preocupado, não mantenha seus fundos com um agente de custódia regulado. Governo queNão podemos te proteger”.

A ligação das criptomoedas com atividades ilícitas não é nova, mas ao contrário do que muitos imaginam, a parcela de ativos digitais usados em crimes é menor do que nunca. Foi o que revelou a Chainalysis em um novo relatório. Segundo eles, apenas 0,15% de todas as transações envolvendo criptaotivos está relacionada a atividades criminosas.

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