Metade das 30 maiores criptomoedas estão 80% abaixo de suas máximas

15 das 30 maiores criptomoedas em valor de mercado acumulam grandes desvalorizações desde as suas máximas históricas de preço.

O Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) voltaram a cair nesta terça-feira (24), com seus preços ficando novamente abaixo de US$ 30.000 e US$ 2.000, respectivamente. Dessa forma, ambos os ativos acumulam uma desvalorização de aproximadamente 60% em relação ao seus preços recordes alcançados em novembro do ano passado.

No entanto, essa forte queda fica em menor evidência quando comparada com os movimentos realizados por outras altcoins em 2022. Segundo dados do CoinGecko, metade das 30 maiores criptomoedas em capitalização estão 80% (ou mais) abaixo de suas máximas históricas.

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Criptomoedas mais afetadas

Um dos setores mais prejudicados é o de meme coins, com a Dogecoin (DOGE) e a Shiba Inu (SHIB) perdendo 88% e 86% de seus valores, respectivamente. Outros grandes projetos como Solana (SOL), Avalanche (AVAX), Polkadot (DOT), e Stellar (XLM) também acumulam quedas acima de 80% cada um.

Fonte: CoinGecko

Nem mesmo a Cardano (ADA), que tem apresentado grande crescimento em sua rede neste ano, conseguiu escapar. A ADA está 83% abaixo do seu preço recorde, com Charles Hoskinson admitindo que mesmo que o projeto encontre a cura do câncer seu preço não irá subir tão cedo.

O segmento de finanças descentralizadas (DeFi) também tem passado por um momento ruim. A ChainLink (LINK), um dos maiores projetos DeFi da atualidade, é negociada atualmente em US$ 7,09. Exatamente um ano atrás, seu token tinha ultrapassado a marca de US$ 52. Não por acaso, o TVL de toda essa indústria do mercado cripto já perdeu 50% do seu valor em 2022.

Fonte: CoinGecko

Por fim, vale uma menção “desonrosa” ao ApeCoin (APE), ativo que foi um dos grandes destaques do mercado no mês passado. Apesar de realizar grandes movimentos de alta após o seu lançamento, o token do Bored Ape Yacht Club acumula uma queda de 72% em menos de 30 dias, saindo inclusive do top 30 do CoinGecko. Isso mostra que nem ao menos o mercado de tokens não fungíveis (NFTs) tem saído ileso do momento atual da indústria cripto.

Motivos para as quedas

Apesar dos números assustarem, eles fazem parte da volatilidade vista no mundo cripto nos últimos anos. Vale lembrar que essa indústria como um todo teve um grande salto de crescimento nos últimos dois anos, com diversas criptomoedas valorizando mais de 1.000% neste período. Portanto, um eventual ciclo de baixa já era esperado.

Além disso, outros fatores externos contribuíram para a queda atual não somente deste segmento, mas dos principais mercados de capitais ao redor do mundo. Um deles foi o início do conflito Rússia x Ucrânia, que trouxe diversas incertezas para a economia global.

Outro foi o aumento da inflação vista nas principais economias do mundo, que fez com que o Federal Reserve (FED) e outros bancos centrais, incluindo o do Brasil, aumentassem suas taxas de juros.

Nesse sentido, o mundo como um todo parece estar entrando numa grande recessão econômica, que pode atingir ainda mais o mercado de criptomoedas. Nesta semana, um importante diretor de uma empresa de investimentos disse que o Bitcoin pode cair para US$ 8.000. Já para o fundador de uma importante exchange, o ativo só voltará a subir após o seu próximo halving, previsto para ocorrer em 2024.

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