Messi receberá parte do salário em criptos; ativo dispara até 120%
A contratação de Lionel Messi pelo PSG abalou o mundo do futebol e teve impactos até no mercado financeiro. Parte do salário do astro, as criptomoedas do PSG chegaram a disparar 120% para quase 50 dólares após a chegada do argentino a Paris.
Com salário estimado em 41 milhões de dólares por ano, Messi recebeu bônus de mais 30 milhões de dólares como parte da assinatura do contrato. Desse montante, segundo a Reuters, foi incluído um “grande número” de tokens do PSG.
Batizado de PSG Fan Token, o ativo dá direito a voto para influenciar em decisões dentro do clube, como a música que será tocada após uma vitória ou o nome de uma nova sala do estádio. Criado em meados do ano passado, o token acumula valorização de cerca de 600% desde junho de 2020, considerando sua cotação atual de 40 dólares. Somente neste ano, sua alta acumulada já está em 260%.
Com a forte valorização, o valor de mercado dos tokens do PSG chegou a bater 120 milhões de dólares. A forte busca pelos tokens do PSG ilustra uma influência cada vez maior dos criptoativos dentro do esporte. Assim como o clube francês, outras equipes têm seguido o mesmo caminho.
O Barcelona, que, assim como o PSG, entrou para o mercado de fan token há cerca de um ano, viu o preço de seu ativo despencar 50% desde março. A saída do craque argentino, porém, fez pouco efeito sobre o ativo catalão, que se manteve como o segundo maior em valor de mercado, com 80,7 milhões de dólares.
O interesse de clubes em emitir seu próprio criptoativo não se restringe ao futebol europeu. No Brasil, o Cruzeiro traçou caminho paralelo, lançando tokens que dão direitos a porcentagens de transações envolvendo jogadores criados nas categorias de base. O valor faz parte do pagamento aos clubes formadores exigidos pela FIFA em todas as transferências.
Já o Atlético Minério lançou fan tokens na mesma plataforma que agrega os do Barcelona e PSG, a Socios.com. O Corinthians pretende entrar em breve neste mercado.
A moda também pegou na Turquia, onde três clubes já emitiram fan tokens e outros dois estão com planos de pé. O fan token do Galatasaray, uma das principais equipes do país e ex-clube do palmeirense Felipe Melo, é o terceiro maior do mundo, com 43,2 milhões de dólares de valor de mercado.
Até mesmo confederações de futebol como as da Argentina e Portugal têm optado pela emissão de fan token Segundo o Coin Market Cap, o mercado de fan token já vale 2,44 bilhões de dólares. A maior parte, contudo, é formada pelos 2,07 bilhões de dólares de valor de mercado dos tokens da Chiliz, da empresa responsável pela bolsa de fan tokens e pelo Socios.com. O ativo da Chiliz também é utilizado como moeda de troca na compra de fan tokens.