Mercedes-Benz adere à blockchain criada por marcas de luxo como ferramenta de rastreabilidade e combate à falsificação

Aura Blockchain Consortium é baseada em permissão privada e oferece suporte para todas as operações comerciais das empresas.

No último dia 24, o diretor de design da Mercedes-Benz, Gorden Wagener, foi ao Twitter anunciar a adesão da montadora multinacional à Aura Blockchain Consortium, uma rede blockchain fundada em 2021 por marcas de luxo internacionais, as francesas Louis Vuitton e Cartier, as italianas Prada e OTB e a suíça Richemont, com objetivo desenvolver uma plataforma, com mais de 15 milhões de tokens, para oferecer às empresas soluções de rastreabilidade de suas cadeias de suprimentos, entre outras funcionalidades, como fornecimento de autenticidade dos produtos, já que as marcas são cobiçadas mundialmente por falsificadores. 

“Na Mercedes-Benz, estamos muito satisfeitos em nos juntar à  Aura Blockchain Consortium. Nossos clientes esperam uma experiência sofisticada perfeita e holística, isso inclui experiências física e digital. O luxo digital se tornou cada vez mais importante e é uma parte essencial para nossos esforços rumo ao melhor”, disse Wagener. 

No início de junho, a  Aura Blockchain Consortium também se juntou à Sustainable Markets Iniciative (SMI), uma “Iniciativa de Mercados Sustentáveis”,  na tradução para o português, fundada em 2020 pelo Príncipe de Gales durante a reunião do Fórum Econômico Mundial, em Davos. O que deu força para outra funcionalidade da rede, relacionada à transparência no fornecimento de credenciais de sustentabilidade aos consumidores. 

“A Aura Blockchain Consortium está se juntando à SMI Fashion Task Force. A sustentabilidade ambiental tem sido um valor fundamental da Aura Blockchain Consortium desde o seu início, pois visa alavancar a tecnologia blockchain a serviço de um futuro mais sustentável”, disse a SMI no Twitter ao anunciar a parceria. 

As credenciais relacionadas à sustentabilidade já haviam sido anunciadas em janeiro deste ano durante o lançamento da rede pela secretária geral da Aura Blockchain, Daniella Ott, que na ocasião ressaltou que o ecossistema, gerenciado em nuvem, cobre todo o ciclo de vida da produção e consumo dos produtos, além de anunciar o desenvolvimento de um pacote de ferramentas prontas visando à aceleração da rota do mercado, como a parte de visualização (front-end) dos dados contidos na blockchain aos clientes. Ferramenta que potencializa a adoção de credenciais de sustentabilidade, para que os consumidores saibam, de maneira transparente, a procedência dos materiais utilizados na fabricação. 

A adoção da blockchain na cadeia produtiva também é uma realidade no Brasil. Um exemplo é o café Minamihara, produzido no interior de São Paulo por uma família de imigrantes japoneses. Outro caso é o da biorrefinaria Uisa, de Mato Grosso, que anunciou a adoção da tecnologia disruptiva em todas as etapas de produção do açúcar Demerara Itamarati, uma das marcas do portfólio de alimentos da companhia, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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