Exclusivo: Mega empresário do futebol no Brasil vai lançar plataforma em blockchain para tokenização de jogadores
André Finger, um dos maiores empresários do futebol no Brasil anunciou o lançamento de uma plataforma de blockchain para tokenização de jogadores de futebol
O mega empresário e Vice-Presidente de uma das maiores empresas de gestão de carreira e intermediação de atletas do Brasil, André Figer, declarou que a tecnologia blockchain, aliada a tokenização de atletas, contratos, itens oficiais e memorabilia vai transformar a gestão do esporte no país.
Figer é filho do empresário Juan Figer, que já foi considerado pela FIFA o maior empresário da história do futebol. Entre o histórico de negócios feitos pelo grupo Finger são destaques a ida do meia Giovanni para o Barcelona, a transferência de Zé Roberto para o Real Madrid, Flamengo, Bayer Leverkusen, Bayern Munchen e Hamburgo, a mudança de Alex para o Fenerbahce, as transferências de Júlio Baptista para o Sevilha, Real Madrid, Arsenal, Roma e Málaga, a compra de Robinho pelo Real Madrid, assim como do volante Júnior Urso para o Guangzhou R&F da China.
“A indústria do esporte ainda é pouco atingida pela inovação. Existem várias iniciativas no mundo inteiro, dentro de vários segmentos desde perfomance, engajamento com fãs e também agora de algo que vai impactar as transações. O blockchain é uma questão que a gente vê acontecendo já algum tempo, além das criptomoedas e o próprio Bitcoin.”, explicou André Figer durante o Talk & Lab evento que compôs a agenda da São Paulo Tech Week 2019.
Durante o evento, Figer também declarou que está apoiando o lançamento de uma plataforma voltada ao setor a Olecoin que será focada no incentivo a novos jogadores de futebol que muitas vezes abandonam a carreira por falta de suporte financeiro.
Citando números da FIFA destacou que mais de 265 milhões de pessoas praticam futebol no mundo e que o Brasil é ainda o maior celeiro de craques do mundo e que, somente com burocracia, são gastos milhões de dólares para concretizar as transações internacionais de jogadores. Contudo, há inúmeros talentos que ficam ‘pelo caminho’ ao longo deste processo por inúmeros motivos.
“Eu acredito que (blockchain) seja uma solução para algumas dores do mercado. Cada vez vemos com maior frequência, pais de jogadores oferecendo seus filhos quase que como em um leilão entre os agentes, o filho que é um suposto “novo-neymar” só que melhorado. Nós precisamos entender que o desespero por parte do pai e da família em geral, em conseguir ajudar o filho a dar sequência na sua carreira, faz com que isso ocorra. A partir de agora, com o uso da tecnologia disponível no mercado, de boas ideias, com um time comprometido e capaz de executar, as iniciativas como este projeto que estou fazendo parte podem dar mais chances para esses jogadores, pois alguns realmente são bons e tem condições, só não tem a oportunidade. Havendo a situação de você ter um fomento financeiro para que esse jogador tenha possibilidade de fazer um treino, de ter os seus materiais esportivos, de ter uma alimentação adequada, o transporte para o local de treino, etc. Então, por meio desta plataforma nós conseguimos gerar oportunidade para o jogador.”, destacou.
Figer ainda complementa que as transações de valores entre os clubes e todos os stakeholders desse mercado podem ser mais baratas com o uso de moedas digitais, pois a intermediação dos bancos além de serem mais lentos, custam caro para as partes envolvidas.
O projeto já foi finalista de uma competição mundial de Blockchain. Promovida pela Smart Dubai, entidade do governo de Dubai responsável pela integração tecnológica entre os setores, o Smart Dubai Global Blockchain Challenge 2019 reuniu entre 700 concorrentes apenas 20 iniciativas de 291 cidades e 79 países.
Segundo os desenvolvedores do projeto a ideia é criar um ecossistema no qual micro-investidores poderão por meio da aquisição do token do jogador, participar de seus recebíveis futuros, com uma pequena participação por um prazo específico em seus futuros salários e contratos de marketing. Os acordos serão realizados digitalmente e a compra do token do jogador só poderá ser feita utilizando o criptoativo nativo da plataforma.
A expectativa para o lançamento da plataforma de jogadores é para o segundo semestre de 2020, com uma versão beta que já contará com 10 jogadores devidamente “tokenizados”.
Como noticiou o Cointelegraph, nos últimos anos o mercado de futebol vem acompanhando o lançamento de iniciativas blockchain voltadas ao fomento de novos negócios no esporte. Ao redor do mundo, jogadores estão protagonizando parcerias e cases de sucesso. No início de fevereiro o Barcelona de Messi e Luis Suárez anunciou a criação do Barça Fan Tokens (BAR) junto a Chiliz e Sócios.
O objetivo do clube catalão é de engajar os fãs recompensando-os por ações realizadas nos jogos. Os tokens ainda poderão ser trocados por produtos e experiências exclusivas.
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