Lançamento de documentário sobre sociedade descentralizada será no Brasil
Imagine viver em uma cidade onde a comunidade participa ativamente da construção das políticas públicas, socioeconômicas e decisões? Imaginou? Ela existe. Uma sociedade descentralizada e privada, localizada em Roatán, ilha caribenha, a cerca de 65 quilômetros da costa norte de Honduras. A história de Próspera, será contada no primeiro episódio da série documental The Network Society.
Ipê City está por trás do The Network Society
Idealizado e desenvolvido na comunidade descentralizada Ipê City, a estreia mundial da The Network Society acontece no Brasil, em Florianópolis nesta quinta-feira (24). A série documental série explora, sobretudo, o surgimento de sociedades startup e estados em rede. Oferece uma visão profunda do futuro da governança e principalmente das inovações sociais possibilitadas pela adoção global de tecnologias descentralizadas.
Criada no início de 2023, a comunidade Ipê City é formada para e por pessoas que não têm fortes afiliações políticas e estão insatisfeitas com o status quo político e cultural. A inovação tecnológica, aliada a engenhosidade humana como principais impulsionadores do progresso e da justiça, estão, por exemplo, entre os ideais da Ipê.
Aliás, um dos envolvidos na Ipê City é Balaji S. Srinivasan. O ex-sócio da Andreessen Horowitz e ex-diretor de tecnologia da Coinbase, fala sobre o conceito de cidades startups há pelo menos mais de uma década.
Um estado em rede é uma comunidade online altamente alinhada, com capacidade de ação coletiva que financia coletivamente territórios ao redor do mundo e, eventualmente, ganha reconhecimento diplomático de estados pré-existentes, explica Balaji.
Para os idealizadores da série, os governos estão acima de tudo, falhando com as sociedades. Para eles é mais do que necessário repensar o mundo como conhecemos hoje usando novas tecnologias como blockchain e os criptoativos.
Brasil é escolhido para estreia global The Network Society
O país escolhido para estreia mundial da produção foi o Brasil. Isso porque um dos envolvidos, Jean Hansen, é brasileiro, participante ativo da comunidade Ipê City e um dos produtores executivos do The Network Society.
Assim, Florianópolis será a primeira cidade brasileira a exibir o primeiro episódio da série documental. Na sequência, São Paulo, Salvador e cidades em países nos Estados Unidos, Índia e Cingapura também exibirão a produção.
O The Network Society promete levar os espectadores a uma jornada pelo mundo das sociedades startup, onde empreendedores, tecnólogos e visionários estão reimaginando os fundamentos da governança.
Essas novas comunidades, geralmente chamadas de estados de rede, aproveitam as tecnologias digitais e descentralizadas para criar sociedades paralelas (novas comunidades, cidades e países) e instituições paralelas (saúde, educação, direito, finanças, ciência e muito mais), explica Hansen.
Uma cidade descentralizada no mar do Caribe
O primeiro episódio da série conta a história de Próspera, na ilha de Roatán, em Honduras. Próspera é um experimento ousado de construção de cidades e auto governança, operando como uma parceria público-privada exclusiva. Além disso, a ilha caribenha tem apoio legal do governo hondurenho para criar as próprias estruturas legais e regulatórias. Sobretudo para atrair talentos, investimentos e inovações globais.
O documentário destaca como Próspera, com iniciativas semelhantes, faz parte de um movimento global crescente para desenvolver modelos de governança alternativos que têm o potencial de transformar a maneira como as pessoas vivem, trabalham e organizam suas comunidades, explica o produtor brasileiro e desenvolvedor, Jean Hansen.
Estamos animados para estrear The Network Society e compartilhar as histórias desses projetos visionários com o mundo. As inovações que acontecem em lugares como a Próspera têm o potencial de remodelar o futuro da governança e resolver desafios globais, como a pobreza crônica e as mudanças climáticas. E nós queríamos capturar essa energia transformadora neste documentário, finaliza Jean Hansen.
Brasil pode ter primeira popup city
Após a exibição, Hansen fará um anúncio – ainda surpresa – mas relacionado a primeira popup city brasileira. Vale lembrar que a primeira cidade pop-up do mundo foi idealizada por Vitalik Buterin.
Com 200 moradores, ZUZALU foi a primeira cidade pop-up do mundo. Idealizada e liderada por Vitalik Buterin, fundador da Ethereum, o experimento durou dois meses. A experiência de cidade temporária descentralizada aconteceu no início de 2023 em Montenegro.
Detalhes estreia
- Data: 24 de outubro de 2024;
- Horário: 7:00 PM;
- Local: Founder Haus, Jurerê Internacional, Florianópolis, Brasil;
- Entrada: Gratuita (vagas limitadas, é necessário fazer inscrição).
A participação é gratuita, com vagas limitadas. Além disso, após a exibição os participantes terão a oportunidade de participar de uma sessão de networking e interagir com os criadores da série.
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