Pai e filho são acusados de burlar sistema financeiro e devem pagar multa de R$ 300 mil à CVM

Dois investidores se comprometeram a pagar R$ 300 mil à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para encerrar um processo.

No processo aberto pela autarquia, eles foram acusados de usar informações privilegiadas para comprar ações ordinárias, o que é proibido por lei no Brasil.

Os Investidores, de acordo com o órgão, são Nilson Roberto de Melo e Bruno Brambilla de Melo. Eles são pai e filho.

Vale lembrar que, no mês passado, a CVM multou um investidor que usou a avó para praticar suposta fraude.

Filho sabia de negociação entre empresas

De acordo com a CVM, no dia 2 de fevereiro de 2016 o investidor Nilson Roberto comprou as ações do ativo EPON. Naquele dia, os ativos tiveram valorização de 23%, algo fora do comum.

O motivo para tal alta, segundo a autarquia, foi a divulgação de um estudo que levantava a possibilidade de combinação entre a EPON e outra empresa, a EPSA.

Após denúncia de possível compra irregular feita por Nilson, a CVM começou a investigar se ele teve acesso à pesquisa antes da valorização das ações.

O órgão constatou, então, que Bruno de Melo, filho de Nilson, era analista de fusões e aquisições da uma empresa chamada Kesa. Essa companhia havia trabalhado no estudo da operação de combinação entre a Epon e a EPSA.

No Brasil, conforme disposto na Lei nº 6.404/76 e na Instrução CVM 358/2002, é proibido usar informações privilegiadas para adquirir ações ordinárias.

Pai e filho reconheceram erro

Durante o processo, o investidor Nilson Roberto afirmou que o filho trabalhava na companhia que fez estudos sobre a possível combinação entre empresas.

Disse ainda à autarquia que o filho era responsável por emitir ordens por ele no mercado financeiro.

Bruno, assim com o pai, também admitiu que participou do estudo. Reconheceu também que emitia ordens em nome do pai dele.

Pai e filho sugerem pagar R$ 170 mil de multa, mas CVM pede R$ 300 mil

Para encerrar o processo, ambos sugeriram pagar R$ 170 mil à CVM. A autarquia, no entanto, não aceitou e solicitou pagamento de R$ 300 mil.

Na terça-feira (7), os investidores se comprometeram a pagar a quantia estabelecida pelo regulador.

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