Justiça nega liberdade provisória a Danter Silva, ex-diretor de marketing da Unick Forex
Segundo a decisão da Justiça, não há elementos que comprovem que Danter Silva não oferece riscos à investigação contra a Unick Forex.
O diretor de marketing da Unick Forex, Danter Silva, teve seu pedido de liberdade provisória negado pelo Tribunal Regional Federal da 4a. Região (TRF-4) no último dia 9 de janeiro. A informação é do Portal do Bitcoin.
Segundo a decisão da Justiça, assinada pelo desembargador Victor Luiz dos Santos Laus, não há elementos que comprovem que Danter Silva não oferece riscos à investigação contra a Unick Forex, que teve sua diretoria e presidente presos pela Polícia Federal em outubro de 2019.
“O cabimento da prisão preventiva, requisitos e fundamentos autorizadores e impossibilidade de cautelares diversas da prisão já foram objeto de exame pela Oitava Turma deste Tribunal na recente sessão de julgamento, ocorrida no dia 11/12/2019, do Habeas Corpus nº 5046763-58.2019.4.04.0000/RS, decidido à unanimidade pela denegação da ordem”
O desembargador do TRF-4 citou uma decisão da Justiça de Porto Alegre (RS), que demonstraria que Danter Silva atuava ativamente nos crimes da empresa, com “função de destaque no esquema identificado e alto grau de comprometimento com os fins ilícitos almejados e obtidos por meio das atividades da Unick”.
A empresa é acusada de crimes contra a economia popular como fraude, lavagem de dinheiro e pirâmide financeira, tendo fraudado milhares de pessoas no Brasil e no mundo movimentado uma quantia bilionária, à qual as autoridades ainda têm pouco acesso.
Segundo o Ministério Público, a diretoria da Unick Forex praticava crimes contra seus clientes e tinha conhecimento disso. A PF classificou a diretoria de “núcleo criminoso” na época das prisões. Os envolvidos, incluindo o presidente Leidimar Lopes, estão em prisão preventiva.
O último a ser preso, como noticiou o Cointelegraph Brasil, foi o diretor jurídico da Unick Forex, o advogado Fernando Marques Lusvarghi, que estava foragido e se entregou à Justiça em 22 de novembro de 2019.