Juíza fecha o cerco contra Tether e pede provas sobre o lastro do USDT

Uma juíza de Nova York ordenou que a Tether apresente documentos que provem o lastro de sua stablecoin, o USDT. Tal pedido faz parte de um processo de 2019, em que a Bitfinex é acusada de manipular o mercado de criptomoedas usando sua própria stablecoin.

Embora a Tether ainda não tenha respondido publicamente ao pedido, a mesma já publicou uma resposta à juíza Katherine Polk Failla no passado. Datado de 29 de novembro de 2021, tal texto da Tether aponta que tal processo estava perdendo força.

“Os demandantes apresentaram sua queixa original há quase dois anos e o caso agora está em frangalhos.”

Portanto, o novo pedido para que a empresa apresente provas relacionadas ao lastro de sua stablecoin pode ter pego Paolo Ardoino de surpresa. De qualquer forma, o CTO da Tether já parece estar acostumado com este drama.

Afinal, a Tether é atacada constantemente tanto pela mídia, comunidade cripto, como também na justiça. Em outras palavras, é difícil entender como a mesma continua dominante no mercado, mesmo com tanta falta de confiança do mercado.

Juíza coloca pressão na Tether e pede provas sobre o lastro do USDT

Atualmente com US$ 70 bilhões em valor de mercado, a Tether segue como a maior stablecoin do mercado após 7 anos de sua criação. Entretanto, muitos acreditam que é mais difícil obter informações sobre os ativos que dão lastro ao USDT do que encontrar Satoshi Nakamoto.

Segundo documento publicado nesta terça-feira (20), a juíza americana Katherine Polk Failla está ordenando que a Tether forneça provas relacionadas a tal lastro.

“Os demandantes explicam claramente por que eles precisam dessas informações: para avaliar o lastro do USDT com dólares americanos e permitir que um contador forense avalie a reserva do USDT.”

O pedido faz parte de um processo antigo, iniciado em 2019, onde a Tether e a Bitfinex são acusadas de manipular o mercado de criptomoedas. Em resumo, acredita-se que as partes criavam USDT sem lastro para inflar o preço do Bitcoin, lucrando com tal processo.

No passado, outro processo, desta vez iniciado pela CFTC, contra essas duas empresas foi arquivado após uma multa de US$ 42,5 milhões. Entretanto, notou-se que a Thether não possuía lastro durante pelo menos um período entre 2016 e 2019. Quanto a Bitfinex, a mesma estaria operando contra seus próprios usuários, atuando como contraparte nas transações.

Por fim, é difícil imaginar que este novo pedido tenha algum efeito sobre a Tether. De qualquer forma, muitos ainda esperam que a empresa possa ser mais transparente.

Fonte: Livecoins

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