Gestora de recursos do Itaú ‘escala’ time de bots para administrar quase R$ 60 bilhões
Itaú Asset une-se à gestora Quatamental para escalar ‘time de bots’ baseados em algoritmos e inteligência artificial na gestão de quase R$ 60 bilhões em recursos.
A gestora de recursos do banco Itaú, a Itaú Asset, formou uma parceria com a gestora Quantamental para usar um “time de bots” na administração de quase R$ 60 bilhões sob gestão do Itaú.
Segundo o NeoFeed, a Itaú Asset Management, que administra R$ 760 bilhões, anunciou no último dia 15 de abril que sua equipe de administração conta agora com nada menos que 10 bots, que serão usados na gestão dos ativos: Joel, Eddie, Wace, Ray, Boaz, Leda, Pete, Jack, Ada e Kelly.
Os bots desenvolvidos pela Quantamental são baseados em algoritmos, modelos matemáticos e inteligência artificial e vão atuar no Multimesas, braço de minigestoras da Itaú Asset com R$ 59,6 sob gestão.
Os bots são desenvolvidos a partir de modelos matemáticos e outros fundamentos, sendo testados antes de entrarem em operação, sob supervisão da Quantamental.
Carlos Salamonde, CEO da gestora do Itaú, explica:
“Essa é a beleza do negócio. Não estamos dizendo que, agora, a máquina vai fazer tudo sozinha. Ao contrário. Esses caras comandam e sabem como fazer os robôs trabalharem para eles e vão calibrando o modelo.”
Ele também explica a parceria com a Quantamental na matéria:
“A Quantamental tem uma estratégia inovadora e muito complementar, que vai diversificar o nosso risco. E não estamos falando de uma hipótese. É um modelo que já tem nome, sobrenome e track record.”
O Itaú foi atraído para a Quantamental pelo histórico da gestora, que combina computação avançada com recursos humanos. O Quantamental Hedge, uma das duas ofertas que agora compõem o portfólio do Itaú, gerou um retorno de 12,57% no ano passado e segue crescento em 2021.
O cofundador e CEO Victor Dweck explica:
“Eu trabalho com o modelo quanti há 13 anos. Sempre quis combinar o poder da máquina com o conhecimento humano, colocando os dois a favor dos investidores.”
Ele compara o “time de bots”, dizendo que a gestora atua como “goleira”, enquanto os robôs atuam “na linha” com os investimentos:
“Eu me considero, literalmente, um técnico de robôs. Hoje, nossa equipe é quase um time de futebol. São dez robôs na linha e nós fazemos o papel de goleiro.”
Cada robô tem uma função específica: Wace é um analista de relatórios, Eddie atua na busca de oportunidades de arbitragem estatísticas, Leda é focada nas tendências do mercado de ações, Ada atua na contratendência do mercado de ações, Joel estuda o balanço de companhias de capital aberto no Brasil e nos EUA, Ray é focado em small caps, Boaz é analista de empresas em recuperação e Pete trabalha com investimentos de longo prazo.
A Itaú Asset atua no formato multimesas e inclui 15 “minigestoras” ligadas à estrutura principal da gestora, cada uma delas atuando de forma independente, mas alimentadas por dados e especialistas do Itaú. A gestora já faz parte de plataformas como BTG, XP, Órama, Easynvest, entre outras.
Cezar Taurion, vice-presidente de inovação da Ciatécnica Consulting, diz no texto que os bots devem ganhar cada vez mais espaço no mundo financeiro:
“Cada vez mais, os robôs estarão na linha de frente das interações das instituições financeiras”
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