Investidores sinalizam confiança nas exchanges brasileiras durante FUD bancário, sugerem dados da Receita Federal

Dados Abertos da RF indicam desconfiança nas stablecoins e apontam o Bitcoin como possível reserva de valor, avalia ‘Loira do Imposto.’

O FUD (medo, incerteza e dúvida) que se instalou no mercado financeiro e resvalou no mercado de criptomoedas em razão da falência dos “bancos amigos das criptomoedas” nos EUA apresentou sinais de que os investidores brasileiros demonstraram certo grau de confiança nas exchanges que operam no país. Esta é uma das opiniões expressas pela contadora cripto Ana Paula Rabello a partir da última edição do relatório de Dados Abertos da Receita Federal, a convite do Cointelegraph Brasil.

Segundo a “Loira do Imposto”, como Ana Paula é popularmente conhecida na comunidade cripto, não é possível afirmar que houve migração das exchanges centralizadas para operações fora das aexchanges entre os dois primeiros meses do ano. 

Para ela, o volume nas exchanges se manteve estável porque, apesar de as transações feitas por pessoas físicas terem aumentado fora das axchanges, ocorreu um movimento contrário em relação às pessoas jurídicas.

No geral, incluindo pessoas físicas e jurídicas, houve um recuo nas exchanges estrangeiras e nas operações fora das exchanges nos dois primeiros meses do ano, de 1,13 bilhão para R$ 680 milhões (-40%) e de R$ 2 bilhões para R$ 1,4 bilhão (-32%), respectivamente. No caso das exchanges nacionais, ela salientou que o volume de negociações se manteve estável entre janeiro e fevereiro.

Ao citar alguns possíveis motivos que contribuíram para o FUD entre os investidores nesse período, como o colapso dos bancos, a proibição de emissão do BUSD, stablecoin da Binance, a pressão regulatória nos EUA, e a instabilidade do USD Coin (USDC), emitido pela Circle, que possuía US$ 3,3 bilhões em depósitos no Silicon Valley Bank (SVB), um dos bancos falidos, a contadora acrescentou que:

“É mais provável afirmar que houve um maior movimento em DEX [exchanges descentralizadas] justamente pra trocar stablecoins por outros criptoativos.”

Ela ainda pontuou o aumento da dominância de mercado do Bitcoin (BTC), o que, segundo a Loira do Imposto,  reforça a avaliação dos analistas em relação a uma possível consolidação da criptomoeda como reserva de valor. 

No final de março, a contadora que virou bitcoiner também deu algumas dicas para os investidores de criptomoedas não caírem na malha fina da Receita Federal, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil

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