Intel desenvolve chip de mineração 1.000 vezes mais rápido que os atuais

A Intel pretende lançar ainda neste ano um chip de processamento para aplicativos blockchain com uma velocidade 1.000 vezes maior do que os modelos disponíveis no mercado.

Em comunicado oficial lançado na última sexta-feira (11), o vice-presidente sênior da Intel, Raja M. Koduri, comentou sobre o novo dispositivo, que promete trazer alta velocidade de processamento para a mineração de criptomoedas.

“Esperamos que nossas inovações de circuito forneçam um acelerador de blockchain que tenha um desempenho por watt mais de 1.000 vezes melhor do que as GPUs convencionais para mineração baseada em SHA-256”

A mineração cripto, em especial a do Bitcoin (BTC), alcançou o status de indústria nos últimos anos, com grandes empresas investindo milhões na criação de fazendas mineradoras. Nem mesmo as proibições da China pararam as atividades do setor, que rapidamente migrou para outros países como Estados Unidos e Cazaquistão.

Conforme o preço e a adesão em relação as criptomoedas subia, aumentava a demanda de mineradores por dispositivos capazes de realizar a mineração desses ativos, fazendo com que houvesse uma crise de escassez no mercado, em especial por chips e GPUs. Nesse sentido, empresas como a Nvidia e Bitmain passaram a desenvolver e oferecer produtos exclusivos para os mineradores.  

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Intel e a indústria da mineração cripto

Aproveitando o embalo do mercado, a Intel, segunda maior fabricante de chips semicondutores do mundo, pretender lançar uma nova tecnologia que pode mudar o ramo de atuação deste setor. Conforme destacado por Koduri:

“Hoje, nós da Intel estamos declarando nossa intenção de contribuir para o desenvolvimento de tecnologias blockchain, com um roteiro de aceleradores com eficiência energética. A Intel envolverá e promoverá um ecossistema blockchain aberto e seguro e ajudará a avançar essa tecnologia de maneira responsável e sustentável”.

Além de oferecer alto nível de processamento, os novos chips da Intel pretendem fazer com que a mineração do Bitcoin se torne mais sustentável. Atualmente, o alto consumo de energia é visto como o calcanhar de Aquiles desta atividade.

Apesar de não revelar detalhes mais específicos sobre o chip, a companhia o descreveu como um processador “ASIC de mineração de Bitcoin com eficiência energética de ultra baixa voltagem”.

Block de olho no novo chip

O relatório da Intel ainda destaca que já existem empresas do setor interessadas em adquirir o novo “acelerador de blockchain”. Uma delas seria a Block, que conta com o ex-CEO do Twitter Jack Dorsey como seu fundador e líder.

Conhecido por ser um grande entusiasta cripto, Dorsey já havia revelado anteriormente que sua empresa pretende lançar um “sistema aberto de mineração de Bitcoin” destinado ao uso doméstico. Para o empresário, o sistema de mineração atual não é acessível a todos os usuários e somente as maiores empresas de mineração conseguem ter lucro e fazer parte da rede.  

Agora, caso o novo chip da Intel se mostra um sucesso, a mineração de Bitcoin pode se tornar mais democrática e mais sustentável no longo prazo, algo que fortaleceria a descentralização e adoção de sua rede.

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