Iniciantes ou experientes? Quem investe em criptomoedas em países como o Brasil

Uma pesquisa em mercados emergentes traça o perfil dos investidores de criptomoedas. O levantamento ajuda a entender quem são as pessoas atraídas por esse segmento em países como o Brasil.

Os dados foram obtidos em um questionário realizado pela exchange Huobi, uma das maiores do mundo. Responderam 491 usuários localizados em países em desenvolvimento da Europa, Ásia, Árica e América do Sul. O resultado foi divulgado na última semana, veja os principais destaques.

80% é iniciante – e não necessariamente jovem

Segundo o estudo, praticamente 8 em cada 10 investidores são muito novos no ramo. O relatório aponta que 78% tem apenas cerca de um ano de experiência em investimentos. Já entre os que dizem entre 1 e 5 anos de experiência o número é bem menor, de 20%.

O dado, porém, não estaria ligado à idade da comunidade de criptomoedas. De acordo com a Huobi, do total de entrevistados, 73% disse ter entre 26 e 50 anos. O nível de inexperiência, portanto, não seria devido a um público jovem demais.

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Criptomoedas são investimento prioritário para a maioria

Além disso, as criptomoedas são o investimento primário para a maioria das pessoas. Só uma pessoa a cada 3 disse ter investimento em ações. De outro lado, apenas 8% detém produtos de renda fixa, como títulos

Cerca de um quarto também investe em imóveis, fundos de investimento e câmbio, entre outros ativos. No entanto, as criptomoedas são predominantes no portfólio dos investidores de países emergentes.

Há interesse claro por produtos financeiros em criptomoedas

O levantamento aponta que 34% das pessoas prefere gerir seus investimentos por conta própria. Mas, não só isso: já surge clara atração por produtos financeiros diversificados. Segundo a Huobi, investidores de países parecidos com o Brasil procuram ampla gama de opções de investimento que rendem juros, sejam fixos ou variáveis.

No entanto, a pesquisa não deixa claro quais produtos seriam esses. Vale lembrar que, apesar do surgimento de produtos DeFi, países emergentes são terreno fértil para falsos investimentos. Empresas acusadas de operar pirâmides financeiras, por exemplo, são conhecidas por oferecer rendimentos exageros usando a volatilidade as criptomoedas como escudo.

Ganham pouco e buscam trades de curto prazo

Mais da metade (54%) dos entrevistados afirma ter renda anual de US$ 10 mil ou menos. O valor é equivalente, na cotação de hoje, a cerca de R$ 4,6 mil mensais. Enquanto isso, uma quantidade similar (49%) planeja investir entre 10-30% da renda em criptomoedas. Já outros 23% admitem alocar mais de 30% em investimentos cripto. Os que ganham maiores salários, acima de R$ 23 mil por mês, respondem por apenas 13%.

Além disso, a maioria (55%) dos investidores em emergentes como o Brasil busca trades rápidos. O número de investidores de mais longo prazo é de apenas 13%. E, ainda assim, há um subcorte: desses, apenas Bitcoin e Ethereum são escolhidos para acumulação.

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