Inflação: prévia de maio recua e pode sinalizar real mais forte
Depois de quase ocupar o topo das posições globais de pior moeda do mundo, real pode estar caminhando para uma valorização após prévia da inflação de 0,44%.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou recentemente (25) que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) ficou em 0,44% em maio. O dado, que é uma prévia oficial da inflação do país, revela uma desaceleração quando comparada com meses anteriores. Em março, por exemplo, o índice registrou 0,93% e em abril 0,60%.
Registros de Deflação
Se, por um lado, o IPCA-15 ainda está bem acima do teto da meta do governo, tendo, inclusive, o maior nível para o mês de maio dos últimos 5 anos, por outro, os resultados ficaram abaixo do esperado, visto que uma pesquisa da Reuters estimava para o período uma alta de 0,55%.
O relatório do IBGE apontou, ainda, variações negativas. É o caso de Brasília que teve fortes quedas nos preços de passagens aéreas (-37,10%), gasolina (-1,42%) e frutas (-10,03%).
Impacto nos investimentos
Tanto na renda fixa quanto na renda variável, a inflação impacta diretamente alguns investimentos sobretudo na rentabilidade de algumas aplicações, como títulos públicos, fundos imobiliários e ações de empresas dos setores de consumo, utilidades públicas, concessionárias de energia elétrica e água.
No caso de criptoativos, o impacto é sofrido apenas de forma indireta, já que a inflação não incide sobre as criptomoedas. O ciclo de alta e queda do Bitcoin, por exemplo, segue outros indicadores.
Vale lembrar, contudo, que uma inflação desordenada pode gerar uma moeda desvalorizada bem com o aumento do dólar e isso pode fazer com que o custo de aquisição dos ativos sofra algum impacto.
Valorização do real
O IPCA-15 de maio junto aos números da taxa dos juros do Brasil, a Selic, que subiu para 3,5% depois do histórico de 7 meses em 2%, geram uma perspectiva positiva para a moeda brasileira.
Fontes da Reuters têm apontado que é possível que fundos dos mercados futuros dos Estados Unidos estejam, inclusive, adotando posições compradas em real, pela primeira vez em 2 anos.
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