Índia: Instituto de Pesquisa Bancária emite relatório sobre implementação da blockchain
Instituto de pesquisa criado pelo Banco Central indiano emite roteiro sobre adoção de blockchain
O Instituto para o Desenvolvimento e Pesquisa em Tecnologia Bancária (IDRBT, sigla em inglês) da Índia publicou um relatório sobre a implementação de blockchain no setor bancário, informou o jornal indiano Financial Express nesta terça-feira, 22 de janeiro.
O IDRBT foi criado pelo Banco Central da Índia (RBI, sigla em inglês) em 1996 para conduzir pesquisas e experimentos no setor bancário. A organização trabalha com o governo indiano, bancos e agentes do setor para construir uma plataforma blockchain interoperável.
Como não há uma regulamentação relevante para a blockchain na Índia, o relatório apresenta um roteiro sobre a adoção da tecnologia em várias áreas e oferece protocolos que permitiriam às instituições financeiras interagir através de plataformas descentralizadas.
O ex vice-governador do RBI, R Gandhi, disse que o setor bancário e financeiro está vulnerável a mais riscos de segurança cibernética devido ao “aumento do uso de tecnologias complexas e em rápida evolução… aumento no uso de tecnologias móveis pelos clientes, incluindo o rápido crescimento da Internet das Coisas (IoT) e das ameaças à segurança da informação entre países.”
De acordo com o jornal Business Standard, roteiro também descreve um mecanismo integrado para supervisão regulatória do ecossistema blockchain. Segundo o IRDBT, isso contribuirá para a adoção em massa da tecnologia.
O governo indiano demonstrou uma abordagem confusa e às vezes hostil às tecnologias relacionadas às criptomoedas em 2018. Embora o RBI tenha formalmente impedido todos os bancos de lidar com criptomoedas em abril e um painel do governo considerasse uma proibição completa, o RBI examinou a possibilidade de lançar uma moeda digital indexada à rupia.
Em janeiro, o RBI supostamente desistiu de seus planos com criptomoedas, já que o resultado de estudos sobre stablecoins conduzidos por um grupo interdepartamental mostrou-se insatisfatório.
Mais tarde naquele mês, a polícia indiana do estado de Jammu e Kashmir emitiu uma advertência sobre os possíveis riscos relacionados ao investimento em criptomoedas, lembrando ao público que as cripto não são reguladas pelo governo. Além disso, o Indian Digibank foi apontado por fechar diversas contas envolvidas com a atividade de criptomoedas, enquanto o Kotak Mahindra Bank, o segundo maior banco do setor privado da Índia em valor de mercado, impôs restrições às criptomoedas.