Identidade de comprador de NFT de US$ 70 milhões é revelada
Há exatamente uma semana, um comprador de apelido “MetaKovan” chocou ao mundo ao comprar um NFT com uma obra de arte digital criada pelo artista Beeple por incríveis 70 milhões de dólares (quase 390 milhões de reais). Agora, sua identidade revelada: trata-se do indiano Vignesh Sundaresan.
Sundaresan foi o responsável por fazer do NFT “Everydays: The First 5000 Days” se tornar a terceira obra de arte mais cara de um artista vivo em todos os tempos — considerando todo e qualquer tipo de arte, inclusive as “analógicas”. Foi o primeiro leilão de uuma obra de arte digital e de um NFT nos mais de 250 anos de história da Christie’s, casa de leilões britânica que organizou a venda.
A disputa pelo NFT mais caro de todos os tempos envolveu uma sequência de lances altíssimos entre Sundaresan e o criado do criptoativo Tron, Justin Sun, que usou as redes sociais para comentar e reclamar do leilão, dizendo que tentou aumentar o seu lance para mais de 70 milhões nos segundos finais do leilão, mas não teve sucesso.
“Poderíamos ter permanecido pseudônimos, mas decidimos deixar algumas dicas em nosso comunicado de imprensa conjunto com a Christie’s […] O objetivo era mostrar aos indianos e às pessoas de cor que eles também podem ser patrões, que a criptografia é um poder equalizador entre o Ocidente e o resto, e que o sul global está crescendo”, escreveram Sundaresan e seu sócio Anand Venkateswaran, que utiliza o pseudônimo “Twobadour” em leilões de NFTs e nas redes sociais.
Os empresários são os fundadores da Metapurse, empresa de investimentos focada em projetos inovadores relacionado ao universo dos criptoativos. A ideia da empresa é criar um fundo de investimento em NFTs e também um “museu virtual” com grandes obras de arte que utilizam este formato digital.
A empresa já adquiriu diversas obras de arte produzidas por Beeple e outros artistas reconhecidos no mercado de NFTs. “B.20 é o nome de um enorme pacote NFTs que estamos fracionando para que todos possam ter propriedade sobre o primeiro projeto de arte pública em grande escala dentro do metaverso. É importante observar que estamos fracionando a propriedade, não os ativos em si. Essas frações estarão disponíveis como 10 milhões de tokens B.20 e podem ser chamadas de ‘chaves’ para este cofre digital”, explica a Metapurse, em comunicado sobre o projeto.
Sundaresan, entretanto, está envolvido com o mercado de criptoativos desde 2013, muito antes da criação da Metapurse, quando criou a exchange canadense Coins-e, que já não existe mais, e foi cofundador de um projeto de caixas eletrônicos de compra e venda de bitcoin chamado BitAccess.