História do Ethereum vai virar filme financiado em parte por coleção de NFTs cujos proprietários poderão participar da produção
O filme será uma adaptação do livro “The Infinite Machine – Como um Exército de Hackers Cripto está construindo a próxima Internet com o Ethereum”, da jornalista chilena radicada no EUA, Camila Russo.
A história do Ethereum (ETH) vai ganhar as telas de cinema e, em paralelo, uma coleção de NFTs cujos proprietários poderão participar ativamente na produção do filme, informou reportagem do site The Defiant na quarta-feira.
O longa-metragem será uma adaptação do livro “The Infinite Machine – Como um Exército de Hackers Cripto está construindo a próxima Internet com o Ethereum”, escrito pela jornalista chilena radicada nos EUA, Camila Russo.
Bem recebido pelo público norte-americano e pela comunidade cripto, a obra que se tornou uma referência fundamental para entender o desenvolvimento da rede criada por Vitalik Buterin permanece inédita no Brasil.
De acordo com a reportagem, “The Infinite Machine” pretende ser o primeiro longa-metragem de ficção sobre criptomoedas para o grande público. A produção do filme pretende utilizar a tecnologia subjcente aos NFTs e à própria rede Ethereum para financiar a realização da obra e construir uma comunidade ativa, que poderá contribuir diretamente para viabilização do projeto.
O filme será produzido por Alejandro Miranda, da Versus Entertainment, uma produtora e distribuidora audiovisual espanhola. A autora do livro, Camila Russo, e Francisco Gordillo, cofundador do fundo de criptomoedas Avenue Investment, serão os produtores executivos.
A coleção de NFTs de “The Infinite Machine” vai reunir artistas de diversos países. Por enquanto, não há um representante brasileiro no grupo, que vai contar com nomes de Cuba, Argentina, Venezuela, Quênia, Austrália, Bolívia, Chile, Colômbia, Croácia, França, Honduras, Índia, México, Panamá e Estados Unidos. Ao todo, 40 artistas participarão da coleção e dez vagas ainda estão em aberto.
Cada artista vai criar 10 versões do logotipo do Ethereum, que serão divididas em quatro grupos. Através da arte generativa, eles serão recombinados para criar 10.499 peças digitais exclusivas de mosaicos do losângo estilizado que simboliza a rede. As vendas da coleção serão realizadas através da rede Ethereum e terão início dentro de algumas semanas.
Os NFTs oferecerão alguns bônus aos seus proprietários, proporcinando acesso a experiências e produtos exclusivos relacionados ao filme. Entre eles, a oportunidade de participar das filmagens como figurante, ingressos VIP para a pré-estreia, convites para visitar o set de filmagem e outros benefícios a serem anunciados futuramente.
A experiência pretende levar os recursos da tecnologia blockchain e dos NFTs para o cinema, um setor da indústria cultural que ainda tem poucas interseções com o mercado de criptomoedas.
A ideia é que todas as etapas do processo de realização do filme – desenvolvimento, produção e distribuição – explorem o potencial colaborativo da rede Ethereum, como afirmou Camila Russo ao The Defiant:
“Acreditamos que o Ethereum está criando um mundo onde os usuários e o público são também proprietários e participantes ativos dos projetos em que se envolvem. Portanto, o filme ‘The Infinite Machine’ deve fazer parte desse movimento e permitir que a comunidade Ethereum participe ativamente da criação de um filme sobre a plataforma.”
Apesar de o cinema ter sido pouco impactado pelos criptoativos, o estúdio Zoetrope, do cineasta Francis Ford Coppola, está desenvolvendo uma plataforma blockchain para democratizar acesso ao financiamento de produções cinematográficas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil recentemente.
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