Hashdex afirma que não sofreu perda de fundos e não tinha exposição a bancos que entraram em colapso nos EUA

Gestora cripto brasileira revelou que nunca operou como o SVB e que interrompeu serviços do Silvergate e do Signature em novembro e fevereiro, respectivamente.

 A Hashdex, maior gestora brasileira em criptomoedas, informou na última terça-feira (14) que os fundos administrados pela empresa não sofreram perdas em decorrência da crise de liquidez que resultou no colapso financeiro e encerramento das atividades dos bancos regionais dos EUA que prestavam serviços a startups e empresas de criptomoedas, Silvergate, Silicon Valleu Bank (SVB) e Signature Bank.

No comunicado, assinado pelo CEO da gestora, Marcelo Sampaio, a Hashdex informou que nunca teve relacionamento bancário com o SVB. Em relação à exposição aos outros dois bancos, a Hashdex acrescentou que, por precaução, parou de usar os serviços dessas instituições nos últimos meses.

“Tanto os nossos fundos quanto as empresas do grupo Hashdex não tinham qualquer saldo com o Silvergate no momento da intervenção da FDIC [Corporação Federal Asseguradora de Depósitos, na tradução da sigla em português]. Além disso, paramos de usar o Signature Bank no início de fevereiro, antes da intervenção da FDIC nessa instituição”, disse Marcelo Sampaio. 

O executivo explicou que a Hashdex utiliza várias contas bancárias, em diferentes instituições, para os fundos e que, “em geral, dado que cada fundo da Hashdex está totalmente alocado em criptoativos, os saldos restantes em dólares nas contas bancárias são marginais.”

“Nosso principal uso para contas bancárias nos EUA é receber aportes, pagar resgates e liquidar negociações de criptoativos”, esclareceu. 

Sampaio argumento que a empresa utiliza vários bancos para servir como entrada/saída de dólares americanos para dentro/fora do ecossistema de criptoativos como forma de operar e mitigar esse tipo de risco. 

Ele lembrou que a Hashdex conseguiu evitar outros impactos diretos recentemenmte por perseguir uma excelência operacional e ser obcecada por gestão de riscos, como a falência da exchange de criptomoedas FTX e da plataforma de empréstimo de criptomoedas Genesis Global, entre outras.  

“Tínhamos processos em vigor para garantir que qualquer terceiro com quem fazemos negócios – seja um custodiante, exchange ou outro prestador de serviços – mantenham os altos padrões de governança que nós exigimos internamente.  Além disso, entendemos que nem todo criptoativo é digno de investimento, uma filosofia que nos ajudou a garantir que nossos investidores não fossem expostos à Terra/LUNA no primeiro semestre de 2022”, completou Sampaio acrescentando que “hoje, os fundamentos de cripto permanecem tão fortes quanto antes.” 

Em um relatório publicado no final de 2022, a Hashdex destacou os principais problemas ocorridos no ecossistema cripto ao longo de 2022 e destacou que a clareza regulatória deveria se acelerar depois do episódio envolvendo a FTX, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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