Hacker é indiciado por lavagem de dinheiro com Bitcoin e pode pegar 20 anos de cadeia

O Bitcoin, infelizmente, é associado a atividades criminosas de diferentes tipos, principalmente os cibernéticos. Parar piorar ainda mais essa correlação, um hacker de Nova York foi indiciado a crimes envolvendo mais e US$ 100 milhões em Bitcoin. Entre os crimes estão o tráfico de dados de cartões de crédito, invasão de sistemas e lavagem de dinheiro com bitcoin.

De acordo com um artigo da Forbes, Vitalii Antonenko, de 28 anos, foi preso assim que chegou no Aeroporto Internacional de Nova York em março do ano passado. A acusação era de lavagem de dinheiro e a prisão foi decretada após as investigações o ligarem com duas carteiras de Bitcoin que tiveram mais de US$ 94 milhões em transações.

Desde então o ucraniano estava em prisão temporária aguardando indiciamento e o inicio dos julgamentos. Nessa semana, mais de um ano após a prisão, Antonenko foi indiciado pela promotoria de Nova York.

A acusação de crimes por seus crimes pode gerar uma condenação de 20 anos de cadeia mais uma multa de até US$ 500 mil (pouco mais de R$ 2,6 milhões). Segundo a acusação, o golpista, junto de outros comparsas realizavam diferentes ataques em computadores que estariam vulneráveis na rede para roubar dados pessoais, principalmente relacionados à cartões de crédito e débito.

Esse tipo de informação é muito valioso no que chamam de dark web, o mercado negro da internet. Os hackers roubam os dados e depois vendem aos montes para outras pessoas que podem usar essas informações para diferentes tipos de golpes e ataques.

Infelizmente, a maioria das pessoas não se preocupa com a segurança dessas informações e até mesmo algumas empresas acabam vazando esses importantes dados.

Bitcoin e as atividades ilegais

Hacker. Imagem: Cortesia Pixabay
Hacker. Imagem: Cortesia Pixabay

Uma das narrativas dos detratores do Bitcoin é justamente que a moeda não pode ser “liberada” porque é utilizada por criminosos e até mesmo por grupos terroristas. Histórias como a de Antonenko não ajudam em nada a desvencilhar o BTC desse tipo de atividade.

No entanto, vale sempre ressaltar que durante a investigação também foi descoberto que Antonenko utilizava cartões de débito e transferências bancárias para receber dinheiro por seus ataques.

Criptomoeda Monero
Monero tem se tornado a preferida entre os hackers, já que o Bitcoin é muito fácil de ser rastreado.

Apesar do Bitcoin ser utilizado para atividades ilícitas, os tempos de Silk Road já se passaram e a moeda evoluiu consideravelmente desde então e vem assumindo uma posição muito mais séria com um amadurecimento do ecossistema.

Atualmente, menos de 1% do volume de negociação do BTC é utilizado em atividades ilegais.

Até mesmo os hackers estão percebendo que o Bitcoin é fácil demais de ser rastreado e por isso estão mudando a sua moeda de preferência.

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