Grupo Reserva cria célula de pesquisa blockchain para estudar aplicações da tecnologia na moda e outros negócios da empresa

CEO da empresa anunciou NFTs como uma espécie de projeto-piloto para outras iniciativas de mercado do braço tecnológico Reserva X.

Em entrevista ao Neg News, no Spotify, o CEO e cofundador do Grupo Reserva, de marcas de roupa, Rony Meisler falou sobre as iniciativas da Reserva X, que é uma célula de estudos da blockchain e Web3 criada dentro da empresa a fim desenvolver possíveis soluções para os negócios do grupo. Ele falou sobre a coleção de tokens não fungíveis (NFTs) “Pistol Birds”, que será lançada em breve e funcionando como uma espécie de utility token. O empresário elencou outras possibilidades de utilização da blockchain nos negócios da empresa, entre elas a criação de uma organização autônoma descentralizada (DAO)

Rony Meisler frisou que o foco da Reserva X é o estudo da blockchain e suas possíveis aplicações dentro dos negócios da empresa e que a criação de produtos seria uma consequência. 

E a gente resolve lançar uma NFT, nós estamos lançando nos próximos dias, o nome dessa [coleção] NFT é “Pistol Birds”, porque a arte dela é o nosso pica-pau, mas de uma maneira… ele tá boladão né, como se fala aqui no Rio de Janeiro, e vão ser a princípio quatro pistolas cada um com supply de 80 NFTs, ou seja, vão ser um pouco menos de 400 NFTs que a gente lança num primeiro drop. 

Só que esse projeto não é um projeto só de valorização da arte, ele é muito mais um projeto de lealdade, porque, quando você compra esse NFT, você compra também diretos exclusivos na marca Reserva: você tem direito à pré-venda de coleção, você tem direito às coleções exclusivamente criadas para os holders, você tem direito à pré-compras de novos drops de NFTs que nós vamos lançar, disse o empresário acrescentando a possibilidade de customização de roupas a partir de versões digitais criadas pelos clientes. 

O CEO também sugeriu que a Reserva X está de olho na blockchain como possível otimizadora da cadeia de suprimentos da empresa e sugeriu que a Reserva X pode avançar para a criação de uma DAO ao dizer que: 

Desde uma análise de mapeamento da nossa cadeia de suprimentos, no sentido de dar mais transparência à cadeia, que a blockchain permite, talvez você consiga mapear e dar a informação para o consumidor de cada etapa desta cadeia, a gente já entra no tema de ESG, da transparência que a blockchain permite a ajudar no financiamento de toda essa cadeia. Se você para pra pensar, hoje nós temos mais de cinco mil clientes e vendedores multimarcas, mais de 900 franqueados na ponta e do outro lado nós temos uma cadeia de suprimentos com mais de 200 fornecedores, todas estas pessoas financiam em bancos para que possam gerir os negócios que a gente provê pra eles, então aí você tem uma oportunidade gigante  de uma rede Bi-Fi usando a blockchain de financiamento peer-to-peer (P2P) a um custo muito menor do que os custos dos bancos. Então esse negócio que começa com uma NFT, ela é uma célula, a Reserva X é uma célula de estudos da Web3  e da blockchain e que evolui certamente a uma DAO do Grupo para que a gente possa investir e empurrar iniciativas em Web3.

Ele disse ainda que a moda já está no metaverso, mas defendeu a criação de uma plataforma intercambeável para o crescimento do universo virtual.

Eu não tenho dúvidas de que a gente já está comprando roupas para se vestir, no metaverso, isso a gente vê aí a comunidade de creators, influencers, lançando suas marcas de moda no metaverso, criando conteúdo pra moda no metaverso, a moda já está no metaverso e os jogo são outro canal do metaverso. Hoje eu vejo isso como uma experimentação, da mesma forma que a gente está experimentando com o Pistol Birds, eu vejo as margas experimentando nestes grandes jogos, nenhuma ainda com resultados financeiros grandes,  a gente não tem pretensão disso ainda, a gente está aprendendo no nosso caminho, mas tem funcionado muito como ferramenta de marketing, de comunicação, porque a marca aparece dentro desses universos e eu tenho certeza de que isso evolui, quando você constrói uma plataforma intercambiável entre estes mundos 3Ds.

Rony Meisler acrescentou que a mudança ancorada nas novas tecnologias é social e não se restringe à moda:

Não é a transformação pela qual a moda vai passar e sim a transformação pela qual a sociedade vai passar e a moda acompanha a sociedade, a moda é o lifestyle da sociedade e as marcas certamente estarão dentro destes mundos vendendo seus produtos, com suas próprias moedas, intercambiando com outras moedas de outras  marcas, é isso que a Reserva X entende, através desta célula de negócios da companhia, o que vai ser o mundo e o varejo no futuro. 

A migração de grandes redes varejistas para o metaverso já é enxergada como certa por algumas startups que apostam, por exemplo, na modelagem corporal a fim de criarem avatares dos clientes no mundo virtual para customização de produtos, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

 

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