Esqueça o Bitcoin, grandes bancos não temem fintechs ou BTC mas grandes empresas de tecnologia, diz professor da FGV
Coordenador de mestrado da FGV alega que os grandes bancos nunca vão acabar pois quando surgirem fintechs ‘interessantes’ eles podem comprar e manter o poder
Os grandes bancos nunca vão acabar segundo declarações de Ricardo Rochman, coordenador do mestrado profissional em economia da FGV. Para ele, quando surgem fintechs ‘interessantes’, os bancos compram elas e mantém o poder, em um movimento de centralização contrário aquele da descentralização do Bitcoin e das criptomoedas.
Segundo Rochman, em entrevista ao Jornal Valor, enquanto blockchain, fintechs e um novo movimento de digitalização da economia trazem uma promessa de inclusão financeira e o atendimento ao público desbancarizado, os ‘grandes bancos’ estariam apenas de ‘olho’, prontos a manter o poder e identificarem uma novo oportunidade de negócio.
“Os grandes bancos nunca vão acabar porque, na hora em que acharem uma fintech interessante, vão comprá-la”, declarou.
Contudo, o coordenador da FGV destaca que os grandes bancos ‘temem’ as ‘bigtechs’, empresas como Apple, Amazon e Facebook que resolveram expandir suas operações para o sistema financeiro, oferecendo produtos de pagamento e transferência de valores.
“Só o que a Apple possui de aplicações em caixa corresponde ao patrimônio do nosso Sistema Financeiro Nacional. Se ela quiser montar um banco do tamanho do SFN, terá dinheiro para isso”, afirmou.
O tema da entrada das ‘bigtechs’ no sistema financeiro não é novo, desde pelo menos as reuniões do Fundo Monetário Internacional de 2017 os grandes capitalistas do globo mostram preocupações com o poder destas empresas.
“A colisão entre instituições financeiras e grandes líderes de tecnologia leva a decisões difíceis: ou as empresas se tornam dependentes das companhias de tecnologia ou arriscam ficar para trás”, destacou um estudo apresentado pelo FMI chamado “Beyond Fintech: A Pragmatic Assessment Of Disruptive Potential In Financial Services”
Como noticiou o Cointelegraph, o Grupo das 20 principais economias do mundo, o G20, debaterá os impactos das BigTechs no mundo das finanças, motivado pelo projeto de stablecoin do Facebook, Libra. A presidência do G20 para 2020 será exercida pela Arábia Saudita, que teria definido três eixos principais para orientar os debates de todas as reuniões do Grupo e entre eles o impacto que a entrada das BigTechs pode produzir na estabilidade econômica global.
“Capacitar as Pessoas, criando as condições nas quais as pessoas – especialmente mulheres e jovens – podem viver, trabalhar e prosperar, com discussões sobre políticas relacionados ao acesso a oportunidades para todos, objetivos de desenvolvimento sustentável, comércio e investimento, inclusão financeira, emprego, mulheres capacitação, saúde, educação e turismo.
• Salvaguardar o planeta, promovendo esforços coletivos para proteger nossa meio ambiente, com discussões sobre meio ambiente, clima, água, alimentos e energia.
• Moldando novas fronteiras, adotando estratégias ousadas e de longo prazo para compartilhar os benefícios da inovação e do avanço tecnológico com uma forte foco na economia digital.”
Confira mais notícias
- Projeto de lei no Senado Federal quer incluir pirâmides financeiras no código penal brasileiro
- Gigante dos seguros Aetna faz parceria com a IBM em rede blockchain para setor de saúde
- IOTA implementa validação de transação descentralizada para substituir a versão centralizada
- Fundação CertiK lança blockchain com foco em segurança