Governo do Paraná adota blockchain e vai criar um ‘MetaMask’ para os cidadãos acessarem serviços públicos

Ao adotar a tecnologia blockchain e autenticações multifator, a intenção é resolver problemas relacionados a fraudes na identificação das pessoas, destaca Governo do Paraná

O Governo do Estado do Paraná, por meio da Celepar, anunciou a criação de uma Prova de Conceito (PoC), a partir de acordo de cooperação técnica firmado com o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD), para a criação e desenvolvimento de um sistema de identidade digital em blockchain.

Com vigência de 6 meses, a PoC utilizará a plataforma CpQD iD e customizará um aplicativo de carteira digital. Ela funciona como um serviço para a criação, verificação, assinatura digital e customização de identidade digital descentralizada de pessoas e empresas, funcionando como uma espécie de MetaMask para os serviços públicos do Estado.

O aplicativo permitirá ao usuário armazenar no smartphone, de forma cifrada, diversas credenciais registradas por emissores de documentos do setor público e/ou privado integrados à rede blockchain.

“Ao adotar a tecnologia blockchain e autenticações multifator, a intenção é resolver problemas relacionados a fraudes na identificação das pessoas, com a vantagem de que o cidadão é o dono dos seus dados e tem o poder de verificar, compartilhar e revogar o acesso a suas credenciais”, afirma Jan Pereira, coordenador de projetos estratégicos na Celepar.

Segundo Pereira, o objetivo é criar uma camada de confiança na internet para identificação, privacidade e segurança, baseada em blockchain, em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e, com isso, impulsionar os serviços de governo digital no Paraná e políticas de abertura de dados centrados no cidadão.

Blockchain no Paraná

Esta não é a primeira iniciativa do Estado que envolve o uso de blockchain nos serviços públicos. Em dezembro do ano passado a Celepar anunciou o lançamento de uma blockchain própria.

“Apostamos e acreditamos que a tecnologia blockchain possa contribuir com novas oportunidades e serviços, de forma mais ágil e segura. Nós atendemos o setor público e temos que ter esse compromisso de controle sobre dados e ações”, afirmou o presidente da Celepar, Leandro Moura.

A rede blockchain da Celepar começou a ser construída em 2021. Foi necessária a atuação e envolvimento de diversas equipes da empresa, com treinamentos e capacitação.  Além disso, integrantes deste grupo participaram de eventos sobre o assunto.

Segundo a Celepar, alguns dos serviços que podem ser desenvolvidos a partir dessa tecnologia são o armazenamento e a autenticação de documentos digitais, a redução de fraudes e o apoio aos órgãos de controle, como a Controladoria-Geral do Estado, e o auxílio a prefeituras municipais para compreender como a população faz uso de seus serviços públicos, com o objetivo de melhorar e automatizar o atendimento.

A Celepar integra um grupo de trabalho da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (ABEP) do mesmo tema, com o propósito de instalar redes de blockchain para armazenar e unir informações importantes para o País.

Os próximos passos serão a implantação da ParanaChain, uma rede própria, com o objetivo de proporcionar novas soluções com agilidade e segurança, e integração com o blockchain da Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Prodemge).

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