Google anuncia bloqueio de alguns anúncios ligados a criptomoedas

O Google anunciou na última sexta-feira (15) que começará a bloquear novos tipos de anúncios no navegador Chrome. Segundo a empresa, alguns deles são relacionados a criptomoedas. O motivo está ligado ao impacto negativo que certas propagandas com código mal programado têm no dispositivo do usuário.

O gerente de produto que cuida do Chrome, Marshall Vale, citou diretamente a publicidade que traz escondida um código para minerar criptomoedas. Os chamados cryptominers se apoderam de parte do processamento do computador ou celular quando o usuário visita certos sites. A prática é conhecida como cryptojacking (sequestro criptográfico).

Anúncios com essas características costumam deixar o computador ou o smartphone lentos. Além disso, em outros casos, podem consumir muita internet, dificultando o carregamento da página. Segundo Vale, essas publicidades são menos de 1% do total da web. No entanto, são responsáveis por 26% do tráfego e 28% do processamento.

Descobrimos recentemente que uma fração de um por cento dos anúncios consome uma parcela desproporcional de recursos do dispositivo, como dados de bateria e rede, sem que o usuário tenha conhecimento. Esses anúncios (como aqueles que exploram criptomoeda, são mal programados ou não são otimizados para uso em rede) podem esgotar a vida da bateria, saturar redes já sobrecarregadas e custar dinheiro.

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Limite de consumo

O Chrome irá limitar dados de rede e processamento que os anúncios podem consumir. O limite será de 4 MB transferidos, 15 segundos de uso de CPU em intervalos de 30 segundos, ou 60 segundos de uso total de processamento do aparelho. Como resultado, o navegador do Google deverá poupar mais bateria do aparelho.

O Chrome já traz um bloqueador nativo, mas, atualmente, os anúncios não têm limite de consumo de recursos do aparelho. A mudança será testada ao longo das próximas semanas. Se tudo der certo, o recurso deverá ser liberada para todos os usuários em agosto.

Nova censura do Google?

A menção do Google às criptomoedas pode acender novamente o alerta dos entusiastas do criptomercado. No entanto, a medida não tem relação com à atualização do algoritmo do Google. Além disso, não há conexão com os banimentos de canais e vídeos relacionados ao Bitcoin no YouTube.

O bloqueio, à primeira vista, não deverá aplicado a anúncios de exchanges de criptomoedas, desde que obedecidos os limites técnicos. O mesmo deverá valer para o YouTube, onde já houve casos de propagandas que consumiam muitos recursos do dispositivo do usuário justamente por virem com mineradores embutidos.

Vale lembrar, ainda, que a medida valerá apenas para dispositivos que rodam o Chrome. A plataforma AdSense do Google, que serve anúncios em toda a web, já não aceita publicidade com código de mineração embutido.

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