Credora da Genesis, Ripio garante que investidores brasileiros não serão afetados pela falência da plataforma de empréstimos
Exchange argentina com operações no Brasil investiu US$ 27,5 milhões para a Genesis.
O que se apresentou como fagulhas oriundas do pedido de falência da plataforma de empréstimo de criptomoedas Genesis Global, no último dia 19 de janeiro, ocasião em que a empresa estimou um passivou entre US$ 1 bilhão e US$ 10 bilhões, inclui a exchange de criptomoedas Ripio, sediada na Argentina e com operações no Brasil.
De acordo com a planilha de credores juntada pela Genesis em seu pedido de falência, a Ripio Internacional aportou pouco mais de US$ 27,5 milhões na Genesis, aproximadamente R$ 140,8 milhões pela cotação do dólar americano nesta quarta-feira (25). O que não compromete os fundos aportados pelos investidores brasileiros na exchange e os planos da empresa para o futuro. Pelo menos, foi isso que assegurou a Ripio, em nora ao Infomoney.
Por sua vez, a Genesis garantiu que pretende resolver suas pendências com os 100 mil credores e se recuperar até maio. Do total, o maior credor da Genesis é a Gemini, dos irmãos Winklevoss, cujo aporte foi de US$ 766 milhões. Não por acaso, um de seus cofundadores, Cameron Winklevoss, foi um dos que dispararam pedindo o dinheiro de volta após a confirmação do pedido de falência da Genesis.
O maior devedor da Genesis é sua controladora, o Digital Currency Group (DCG), que deve à Genesis cerca de US$ 1,65 bilhão, dos quais US$ 575 milhões se referem a empréstimos com vencimento em maio e uma nota promissória de US$ 1,1 bilhão com vencimento em 10 anos.
Mas, as promessas da Genesis não deverão evitar novas dores de cabeça. Tanto que um grupo de credores já ingressou com uma ação coletiva de valores mobiliários contra a plataforma e o DCG alegando violações das leis federais de valores mobiliários.
No caso da Ripio, a exchange anunciou no final do ano passado que conseguiu uma aprovação regulatória do estado da Flórida e que começaria a oferecer produtos e serviços nos EUA, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.
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