Game cancela promoção com NFTs após revolta do público
A GSC Gameworld decidu cancelar a inserção de NFTs no S.T.A.L.K.E.R 2: Heart of Chernobyl, após a comunidade do jogo se manifestar contra a iniciativa.
O estúdio de jogos havia divulgado a sua intenção de explorar tokens não fungíveis (NFT) em seu mais novo lançamento, o Heart of Chernobyl, em tuite agora apagado em sua conta no Twitter na última quarta-feira (15).
Para isso, a empresa havia realizado parceria com a plataforma DMarket. Os itens em NFT seriam capazes de oferecer aos jogadores a oportunidade de transformar seus personagens em criaturas “metahumanos”.
A GSC Gameworld ainda destacou que uma das principais intenções com a inserção de tokens não fungíveis seria para arrecadar fundos com a venda desses ativos, com a receita sendo destinada para a “melhoria do jogo tão esperado para torná-lo ainda melhor.”
Vale destacar que a empresa é uma produtora independente, e não possui tantos recursos como as maiores companhias da indústria de jogos digitais.
Comunidade vai contra a iniciativa
Apesar do sucesso que NFTs estão tendo no mercado de games, grande parte da comunidade do Heart of Chernobyl se mostrou totalmente contra a inserção de NFTs no jogo, alegando que os itens virtuais seriam uma forma agressiva de vendas e poderia dar grande vantagem para os usuários com maior poder aquisitivo.
A GSC tentou explicar que os itens seriam apenas opcionais, e que não influenciariam na jogabilidade do jogo. No entanto, a empresa decidiu cancelar sua iniciativa, afirmando que:
“Com base no feedback que recebemos, decidimos cancelar qualquer coisa relacionada a NFT em S.T.A.L.K.E.R. 2… Os interesses dos nossos adeptos e jogadores são a principal prioridade da equipe. Estamos fazendo este jogo para você aproveitar – custe o que custar. Se você se importa, nós também nos importamos”.
Boicote aos NFTs
Conforme mencionado anteriormente, o mercado NFT tem tido grande expansão em 2021. Somente a OpenSea, maior martketplace de tokens não fungíveis da atualidade, superou a marca de US$ 10 bilhões em volume de vendas neste ano.
No entanto, diversas empresas e comunidades estão resistindo ao uso desses ativos. A Steam, uma das maiores plataformas de jogos do mundo, proibiu a listagem de games atrelados a blockchain e NFT em outubro.
Já seguidores de ícones da cultura pop como o BTS e Crazy Frog se manifestaram totalmente contra coleções neste formato, chegando a realizar ameaças de morte na internet. A principal justificativa para o boicote a itens NFT é o fator ambiental, devido ao alto consumo de energia gasto na criação desses ativos.
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