Fundos brasileiros de criptomoedas fecham semestre com lucro de até 68%

O mercado de criptomoedas sofreu forte correção desde maio, com queda considerável no preço dos ativos digitais, mas mesmo assim o setor foi altamente lucrativo para os investidores ao longo do primeiro semestre de 2021, e isso se comprova com a rentabilidade dos fundos de investimento em criptoativos negociados no Brasil.

Se o bitcoin, mesmo depois da queda de mais de 40% desde sua máxima, ainda tem 13,64% de alta acumulada no ano, outros criptoativos têm números ainda mais expressivos – casos do ether (187%), cardano (682%), binance coin (647%) e dogecoin (4.162%).

Com isso, fundos de investimento que têm exposição à uma cesta de criptomoedas conseguiram retornos consideráveis no primeiro semestre. No Brasil, quatro fundos têm exposição de 100% a diferentes criptoativos além do bitcoin, das gestoras BLP Asset, QR Asset Management, Hashdex e Vitreo.

Diferente dos fundos exclusivamente de bitcoin, cuja valorização acompanha a da criptomoeda e é semelhante em todos os produtos do tipo – as diferenças se dão por causa das diferenças de taxa e tamanho da exposição -, nos fundos de criptoativos diversos a rentabilidade é muito diferente para cada fundo, já que a cesta de ativos e a proporção de cada um deles é bastante diferente entre cada fundo.

O fundo “BLP Crypto Assets” foi o de melhor desempenho no primeiro semestre, com alta de 67,9%. Ele foi seguido pelos fundos “VTR QR Cripto”, com 46,7% de alta acumulada no ano, “Hashdex 100 Nasdaq Crypto Index” (31,6%) e “Vitreo Criptomoedas” (23,3%). No mesmo período, o bitcoin acumula alta de 13,64%. Como referência, nos mesmos seis meses, o índice da bolsa de valores brasilera, o iBovespa, teve alta de 7,4%.

Os fundos de investimento em criptoativos citados, entretanto, são apenas aqueles com exposição de 100% aos ativos digitais, custodiados no exterior e, portanto, disponíveis apenas para investidores qualificados – aqueles com pelo menos 1 milhão de reais investidos ou que tenham certificação da CVM.

Investidores que não são qualificados só podem investir em fundos com no máximo 20% de exposição a ativos no exterior e, apesar de existirem diversos fundos de investimento em criptoativos voltados para esse público, as rentabilidades são menores, já que os outros 80% do patrimônio são alocados, geralmente, em produtos de renda fixa ou outros ativos que não tiveram a mesma performance do setor de criptomoedas.

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